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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Dilma: atos são por mais direitos


O ato na Bahia marcou a tentativa de retomar uma agenda positiva, após queda de 27 pontos nas pesquisas


Salvador. A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, ao comentar as manifestações pelo país, que os atos são diferentes de protestos verificados em outros países, e ocorrem sobretudo pela demanda "por mais direitos". Em discurso durante evento em Salvador, a presidente disse que "ouviu a voz das ruas", mas procurou não associar os protestos a demandas específicas, como aquelas voltadas à classe política, falando só em reivindicações "por mais direitos".



A presidente disse que, na Europa, a população vai às ruas porque "há perda de direitos e empregos" - o que, para ela, não ocorre no Brasil FOTO: DIVULGAÇÃO



"Aqui as ruas falaram por mais direitos. Esta presidente aqui ouviu claramente a voz das ruas porque essa voz é legítima e porque nós temos uma democracia, e faz parte da democracia a luta por mais direitos", disse Dilma durante cerimônia de lançamento de plano para agricultores atingidos pela seca.



A presidente disse que, na Europa, a população vai às ruas porque "há perda de direitos e empregos" - o que, na avaliação de Dilma, não ocorre no Brasil.



Ela também lembrou movimentos como o Occupy Wall Street, nos Estados Unidos, para diferenciar a situação do Brasil. "Não somos responsáveis pela maior crise financeira internacional desde 1929", afirmou. A presidente participou ontem de seu primeiro evento público desde que foi vaiada na abertura da Copa das Confederações, em Brasília.



O ato em Salvador incluiu anúncio de plano para agricultores do semiárido e entrega de equipamentos para prefeituras. Marcou ainda a tentativa de Dilma de retomar uma agenda positiva e sem sobressaltos em meio à queda na avaliação da gestão - de 27 pontos desde o início dos protestos pelo país, segundo o Datafolha.



A visita de Dilma a Salvador deveria ter ocorrido há 13 dias, mas foi adiada na noite em que a cidade registrou sua maior manifestação neste ano, com 30 mil nas ruas, confrontos com a polícia e ônibus incendiados. Pela justificativa oficial, houve desencontro de agendas entre governadores do Nordeste.



O lançamento do chamado Plano Safra Semiárido ocorre três meses após Dilma ter anunciado, no Ceará, pacote de R$ 9 bilhões para o combate à seca, cuja execução anda a passos lentos. O plano inclui ações de estímulo ao armazenamento de alimentos e à produção de forragem (alimento para animais), entre outras.



A região vive a maior estiagem dos últimos 50 anos, que há meses afeta cerca de 10 milhões de pessoas. Agricultura e pecuária acumulam perdas de R$ 3,6 bilhões.



Como parte do pacote de medidas de abril, o Planalto decidiu prorrogar em até dez anos o pagamento de dívidas contraídas entre 2012 e 2014 por agricultores afetados pela seca, estimando renúncia fiscal de R$ 3,1 bilhões. Até o final de junho, 39 mil produtores haviam renegociado seus débitos, em total de R$ 510 milhões.



Senado



Durante apresentação do Plano Safra para o Semiárido, a presidente Dilma Rousseff informou que será fundamental o trabalho desempenhado pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), através do relatório à Medida Provisória (MP 610/12) para implantação das ações de auxílio ao homem do campo.



Ela explicou que a parceria com o senador Eunício será importante para concretizar, principalmente, as medidas de renegociação e execução das dívidas rurais, principal iniciativa anunciada. "Cumprimentando o senador Eunício Oliveira, que vai dá uma contribuição, uma parceria muito importante para o que eu vou anunciar naquilo que se refere às dívidas", iniciou seu pronunciamento a presidente ao cumprimentar o senador que também participava do evento. A cerimônia contou com a participação de prefeitos, ministros, senadores, deputados e lideranças da região. 

Copilado do Diário do Nordeste

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