Milhares
de pessoas participam da 17ª edição da Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo. Elas
ocupam a Avenida Paulista. O tema do evento deste ano é Para o Armário Nunca
Mais! União e Conscientização na Luta contra a Homofobia.
Foto:
Folhapress
A
chuva que atingiu a capital paulista não diminuiu a animação dos participantes.
Com bandeiras nas cores do movimento (lembrando um arco-íris), fantasias e
faixas pedindo a saída do Deputado Marcos Feliciano da Comissão de Direitos
Humanos da Câmara, cerca de 400 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (dados
coletados por volta das 14h), acompanham os 17 trios elétricos que passam pela
Avenida Paulista e descem pela Rua da Consolação, com destino à Praça da
República, no centro da capital.
O
evento começou por volta das 13h30, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na
Avenida Paulista. O tema da parada deste ano é Para o Armário Nunca Mais! União
e Conscientização na Luta contra a Homofobia. Um dos destaques da Parada do
Orgulho LGBT deste ano é a presença da cantora Daniela Mercury. Ao fim da
parada, que passa também pela Rua da Consolação, ocorrerá um show de
encerramento com as cantoras Mariene de Castro e Ellen Oléria, no palco que foi
montado na Avenida Ipiranga.
Completando
nove anos de presença na parada, Almir Cardoso, fantasiado de arco-íris
lamentou a ausência do sol. “Queria que saísse o sol. Trouxe o sol na cabeça,
os raios. Mas, infelizmente, ele [sol] não quis vir hoje. Mas é festa do mesmo
jeito”, disse.
“Acredito
que a importância da parada seja as aquisições que estamos tendo referentes aos
novos direitos e valores. Algumas pessoas pensam que é só festa, mas não é só
isso. É também um manifesto e conquistas, como agora, com a aprovação e
oficialização do casamento [entre homossexuais] e da comunhão estável. Além
disso, tem também [a questão] da visibilidade, para se ter menos preconceito e
mais respeito”, disse Cardoso.
Diversidade
A
parada, como já é tradição, atrai também pessoas que se declaram
heterossexuais, como é o caso de Marli Ribeiro, 70 anos, que acompanha o evento
deste ano acompanhada da filha. “Esta é a segunda vez que venho. Eu me divirto,
tiro fotos. Como eu morava no Rio, isto me lembra o carnaval, e me transporto
aqui. Aqui só se vê pessoas alegres”, declarou.
Um
grupo que se identificava como skinheads e punks acompanhou o evento com uma
faixa contra a homofobia. Em entrevista à Agência Brasil, um dos integrantes,
que se identificou apenas como Max, disse ser contrário à homofobia. “Sou
bissexual, minha namorada está do meu lado e apoia o movimento”, disse.
A
Parada deste ano conta com 17 trios elétricos. O último deles faz uma campanha
contra a permanência do deputado federal Marco Feliciano na presidência da
Comissão dos Direitos Humanos.
Fonte:
Agência Brasil
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