Representantes
de 60 países, incluindo a delegação do Brasil, assinaram o Tratado sobre o
Comércio de Armas, na sede das Nações Unidas em Nova York , nos Estados
Unidos.
Tratado
visa evitar o tráfico de armamentos. Foto: Kiko Silva
O
Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil participou do processo
de negociação do tratado com o objetivo de reduzir a possibilidade de que essas
armas sejam desviadas para o mercado ilícito.
A
ideia é evitar o incentivo a conflitos internos que estimulam a violência
armada. A iniciativa ocorre no momento em que se intensifica, por exemplo, a
crise na Síria, que já dura 25 meses e que divide europeus, norte-americanos,
russos e chineses. Os europeus se dispõem a vender armas para a oposição ao
governo sírio, enquanto russos pretendem abastecer o grupo do presidente da
Síria, Bashar Al Assad.
O
representante permanente do Brasil na Conferência do Desarmamento, o embaixador
Antonio José Vallim Guerreiro, ressaltou que o processo de negociação do
tratado levou sete anos. Mas lembrou que o Brasil foi um dos pioneiros em
defender uma iniciativa ampla e multilateral.
“Meu
país participou ativamente do processo de elaboração do tratado ao longo de
suas diferentes fases, sempre comprometido com a meta de um instrumento
juridicamente vinculativo que regule o comércio legal de armas convencionais e
forneça ferramentas eficazes para impedir que essas armas sejam desviadas para
o mercado ilegal”, destacou o embaixador.
Vallim
Guerreiro reiterou a necessidade de exigir de todos a implementação de “medidas
legais e administrativas para reforçar o controle nacional sobre as
transferências internacionais de armas convencionais”. “[A ação] constitui uma
contribuição importante para a proteção das populações civis em situações de
conflito, para a prevenção de conflitos internacionais e para a redução da
violência armada urbana”, disse.
O
embaixador brasileiro destacou que o tratado, para o Brasil, representa um
marco na busca de um mundo mais pacífico e seguro. “Cada um foi fundamental
para tornar realidade essa aspiração”, disse. “O Brasil está totalmente
empenhado em assegurar que as abordagens equilibradas, objetivas e não
discriminatórias prevaleçam, bem como a cooperação internacional e a
assistência para assegurar um papel central em todos os esforços.”
Fonte:
Agência Brasil
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