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terça-feira, 21 de maio de 2013

Teste genético para quem tem câncer


Londres. A Grã-Bretanha lançou um programa de pesquisa ontem que poderá permitir que os pacientes com câncer tenham acesso ao tipo de teste genético que levou a estrela de Hollywood Angelina Jolie a decidir se submeter a uma mastectomia dupla.

Angelina Jolie obteve teste positivo para uma mutação genética de alto risco, que a deixa cerca de cinco vezes mais propensa a desenvolver câncer FOTO: REUTERS

O projeto, que inclui o Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR, na sigla em inglês) de Londres, a empresa de sequenciamento genético dos EUA Illumina, geneticistas e oncologistas, têm como objetivo encontrar formas que permitam testar mais genes ligados ao câncer em mais pessoas.


Pesquisadores anunciaram o projeto com investimento estimado em US$ 4 milhões, financiado pela instituição da área médica Wellcome Trust. Ressaltaram, no entanto, que não foi uma resposta às informações divulgadas na semana passada sobre a decisão de Jolie de se submeter à retirada das mamas para reduzir o risco de câncer.

"O que estamos tentando fazer aqui é desenvolver processos que permitam o uso abrangente e sistemático de informação genética na medicina da área de câncer de modo que (mais pessoas) sejam capazes de se beneficiar dos tipos de informações e situações que ouviram falar na semana passada (com a história de Jolie)", afirmou Nazneen Rahman, chefe de genética do ICR e líder no novo projeto.

Mutações em alguns genes, conhecidos como genes de predisposição ao câncer, aumentam o risco de uma pessoa ter câncer. Angelina Jolie obteve teste positivo para uma mutação genética de alto risco, que a deixa cerca de cinco vezes mais propensa a desenvolver câncer de mama do que as mulheres que não possuem esta mutação, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA.

Há cerca de 100 outros genes ligados à predisposição ao câncer conhecidos, mas na Grã-Bretanha, onde a maior parte do serviço de saúde é coberta pelo Serviço Nacional de Saúde, financiado pelo contribuinte, o teste para esses genes é atualmente muito restrito.

Ainda assim, os avanços recentes na leitura do código genético, conhecida como sequenciamento genético, são mais rápidos e baratos do que nunca, abrindo caminho para que testes genéticos se tornem rotina para todos os pacientes com câncer.

Copilado do Diário do Nordeste




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