O
Ceará é o sétimo pior entre os estados brasileiros que aderiram ao Programa de
Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). 21 estados estão abaixo
da média nacional que é de 1,8 médicos por mil habitantes. No Ceará, essa
proporção é de 1,05 médicos por mil habitantes. O Estado está na frente apenas
do Maranhão, Amapá, Pará, Piauí, Acre e Rondônia. (Confira a lista completa
abaixo)
O
baixo índice de médicos por habitante pode ocasionar lotação nas unidades de
atendimento básico de sáude.
Foto: Lucas de Menezes
Apesar
disso, o Ceará tem o maior número de profissionais e de municípios que aderiram
ao programa, isso, proporcionalmente ao número de cidades. Ao todo, são 694
médicos cearenses, e 76,6% dos 184 municípios, ou seja, 141 cidades
incluíram-se no Provab. Cerca de 3.800 médicos atuam pelo programa em unidades
básicas em todo o País, somente a região Nordeste recebeu 2.241 médicos.
A
meta do Brasil é chegar a 2,7 médicos por mil habitantes. Essa média usada como
referência, é a proporção encontrada no Reino Unido que, depois do Brasil, tem o
maior sistema de saúde público de caráter universal. Para atingir a meta de 2,7
médicos, seriam necessários, hoje, mais 168.424 profissionais.
Realidade
dos municípios do interior e periferia do Brasil
Mais
de 1900 municípios em todo o País, possuem menos de 1 médico para 3 mil
habitantes na atenção básica. Cerca de 700 municípios brasileiros apresentam
altos índices de insegurança por escassez de médicos: sendo que a maioria não
tem sequer 1 médico residindo no município.
O
Provab promove o atendimento em unidades básicas na periferia de grandes
cidades, municípios do interior com populações carentes e de regiões remotas.
Os médicos recebem uma bolsa mensal de R$ 8 mil, paga integralmente pelo
Ministério da Saúde e devem cumprir 32 horas semanais de atividades práticas
nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 8 horas semanais de curso de
pós-graduação em Saúde da Família com duração de 12 meses.
Governo
pretender trazer médicos estrangeiros para suprir a demanda; presidente do
Simec é contra
A
possível vinda de médicos cubanos ao País está gerando divergência entre os
profissionais da saúde desde que foi anunciada. Enquanto o governo federal
decide sobre a possível contratação,o presidente do Sindicato dos Médicos do
Estado do Ceará, José Maria Pontes é contra a medida."Nós temos uma
postura contrária a do Governo, não acreditamos que o problema é a falta de
profissionais. O problema, é a falta de políticas públicas na área. Mas se isso
acontecer, e se os médicos estrangeiros chegarem, têm que fazer o revalida, que
é o exame que valida o diploma estrangeiro. Sem o revalida não dá", disse.
Confira
a lista dos Estados abaixo da média nacional na proporção de médicos por
habitantes
Maranhão
0,58
Amapá 0,76
Pará 0,77
Piauí 0,92
Acre 0,94
Rondônia
1,02
Ceará 1,05
Amazonas 1,06
Tocantins 1,08
Bahia 1,09
Mato
Grosso 1,10
Alagoas 1,12
Paraíba 1,17
Roraima 1,21
Rio
Grande do Norte 1,23
Sergipe 1,30
Pernambuco 1,39
Goiás 1,45
Moto
Grosso do Sul 1,54
Paraná 1,68
Santa
Catarina 1,69
Copilado
do Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário