O texto a seguir foi produzido para este blog pela professora Célia Bernardo e versa sobre a renúncia de Bento XVI ao seu papado:
“O mundo inteiro e, sobretudo os cristãos católicos, ficamos estarrecidos com a renúncia do Papa Bento XVI, atitude jamais esperada, mas possível, uma vez que o cargo mais alto da igreja católica tem em seu comando um SER HUMANO, cujas sapiência e espiritualidade não estão imunes a crises, a fragilidades, a desencantos, a pressões que, juntos, são capazes de levar até mesmo o Papa à renúncia."
“Parece-nos um absurdo, mas, como cristã católica, sempre inserida na Igreja, considero uma decisão sensata, num reconhecimento das limitações da própria idade, das exigências do contexto atual e da sintonia da igreja com o que o mundo, através das pessoas, tem solicitado de um líder, que, nem pode agir de forma radical, nem de forma totalmente liberal.
“Têm de ser medidas basilares, que convençam as pessoas, não somente pela decisão pessoal e impositiva, mas pelo que deve ser viável e aceitável por todos. Abdicar do Pontificado não é fato inédito, na Igreja Católica. Muitos outros também renunciaram e, até então, o último foi Gregório XII (1406 a 1415), há 598 anos.
“Dos 209 cardeais, no mundo inteiro,118 hoje podem votar, no próximo conclave, para a escolha do novo Pontífice, porque têm menos de 80 anos, fato que, ao meu ver, precisa ser repensado urgentemente pelo Vaticano. O mais certo e o mais viável é que se reduzisse essa idade para 65 anos e que fossem critérios a linha de pensamento dos Eminentes Cardeais, a sua capacidade intelectual, no que se refere à base teológica da sua vivência espiritual, ao seu domínio das diversas situações em que vivem os países e, claro, a eficácia da proficiência idiomática, pela necessidade de precisar estar com as várias nações.
“Quem lê, quem se apropria do que acontece, perto ou distante, tem consciência de muitos fatos que conseguiram colocar a Igreja, na berlinda, o que certamente contribuiu demais para esta e para muitas outras crises entre o clero. O que não pode acontecer é que percamos a nossa Fé, pois a Igreja instituição tem o comando humano, mas a Igreja pensamento, acolhida e morada divina sempre será a manifestação da vontade de Deus.
“Invoquemos o Espírito Santo, que sopra onde quer; que Ele cumule de bênçãos os eminentes Cardeais, que se reunirão em conclave, no próximo dia 28/02, a fim de que Ele, com seu fogo abrasador, ajude a escolher o novo Pontífice da nossa Madre Igreja católica, apostólica e romana. Rezemos, portanto, irmãos em Cristo, a fim de que tenhamos um líder espiritual convicto do tempo presente e das nossas necessidades mais prementes. Fé é o esforço para acreditar naquilo que o nosso bom senso, às vezes, insiste em nos dizer que não é verdade”.
Compilado deste link http://blogs.diariodonordeste.com.br/egidio/fe-em-deus/toda-crise-e-momento-de-mudanca/
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