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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Se preso,Rugai pode pedir progressão de pena em menos de 4 anos


Caso o recurso da defesa de Gil Rugai seja negado e ele tenha que cumprir a pena a que foi condenado em regime fechado, o ex-seminarista poderá pedir a progressão de pena para o semiaberto em menos de quatro anos. A pena total determinada pela Justiça e São Paulo é de 33 anos e 9 meses.

Gil foi condenado hoje por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, mas poderá recorrer e em liberdade. Pela morte do pai, Luis Cargos Rugai, ele foi sentenciado a 18 anos e 9 meses de prisão - pelo parentesco consanguíneo - e mais 15 anos pela morte da madrasta, Alessandra Troitino.


Conforme estabelecido no Código Penal na época do crime, o pedido de progressão pode ser feito após o cumprimento de um sexto da pena, o que corresponde a 5 anos, 7 meses e 15 dias. Além disso, Gil já esteve preso por dois anos, tempo que deve ser descontado desse período mínimo de prisão após a condenação.

"Ele precisa ter bom comportamento e trabalhar na prisão pra poder pedir a progressão. O pedido será analisado por especialistas, psicólogos, para ver se ele está apto a sair. A Suzane [Von Richthofen], por exemplo, já cumpriu um sexto, mas não saiu", destaca o advogado Ademar Gomes, presidente do Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo).

Em sua sentença de Rugai, o juiz Adilson Paukoski Simoni afirmou que o rapaz manteve, em todos os dias do julgamento, uma "aparência de bom moço, o que demonstra sua personalidade intensamente dissimulada". Ainda segundo o magistrado, isso confirma que o ex-seminarista é uma pessoa "extremamente perigosa".

Recurso

O recurso que é movido agora pela defesa de Rugai, porém, pode atrasar uma decisão definitiva sobre a prisão do rapaz. A espera poderá durar anos. O advogado Marcelo Feller, que defende Rugai, disse após o anúncio da sentença que estuda inclusive pedir nulidade do julgamento por cerceamento de defesa.

Feller afirmou que a defesa pediu para que a investigação fosse atrás das imagens do shopping Frei Caneca, onde Gil afirma que estava na hora do crime. As imagens foram apagadas, mas, segundo os advogados, seria possível recuperá-las.

O fato de o juiz ter negado pedir as contas telefônicas de vizinhos, que poderiam provar o horário dos tiros, também foi contestado pela defesa. "Gil não estava na cena do crime na hora que ele aconteceu", afirmou Feller.

 Fonte: Folhapress

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