Os acidentes com veículos motores, quedas, lesões esportivas, ferimentos por bala e agressões físicas podem resultar em uma lesão medular. O trauma pode atingir diretamente a medula ou indiretamente os ossos, tecidos ou vasos sanguíneos. As lesões podem levar a alterações motoras que têm como consequência a obrigatoriedade do uso da cadeira de rodas. O cuidado ao paciente com Lesão Medular se inicia no primeiro atendimento e deve ser feito com cautela até a sua reabilitação social.
Por isso, o Ministério da Saúde lançou recentemente novas Diretrizes de Atenção à Pessoa com Lesão Medular. O objetivo é oferecer orientações às equipes multiprofissionais para prestar atendimento adequado à pessoas com lesão medular. A coordenadora da Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Vera Mendes, explica que os profissionais precisam estar atentos porque muitas vezes esses pacientes são vitimas de outras doenças devido à lesão.
"É uma pessoa que tem que ter um cuidado diferenciado. Na situação da vascularização? Será que uma pessoa com lesão medular que tem dificuldades de mobilidades importantes, motoras, físicas, ela não é também uma pessoa que maior risco de problemas vasculares já que a mobilidade está muito reduzida? A questão brônquio respiratória e varias outras situações físicas, orgânica, clinicas de cuidado que são super importantes. Então, é como se eu tivesse dizendo: esse cidadão, quando estiver em uma situação de uma lesão de medular, qual a especialidade, que tipo de cuidado você tem que ter com ele, que protocolo diferenciado você vai fazer".
Para o cadeirante e vice-presidente da Associação dos Deficientes de Ipatinga, Minas Gerais, Eustáquio Teco, outra iniciativa importante para melhorar o atendimento das pessoas com deficiência foi a implantação do plano Viver sem Limites, lançado há um ano pelo governo federal.
"Porque no plano Viver sem Limites, ele foi trabalhado exatamente ouvido as pessoas com deficiência. Então, esse plano ele conseguiu avançar. Um usuário de cadeira de roda, ele penava para comprar a cadeira dele. Hoje ele pode sim ir lá e falar: 'olha eu não tenho avalista, eu ganho um salario mínimo de aposentadoria e eu preciso comprar uma cadeira de vale, cinco mil reais, seis mil reais, dez mil reais.' Nunca que ele ia conseguir comprar isso. Hoje ele chega lá e ele compra essa cadeira".
As novas recomendações foram lançadas durante a terceira Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e fazem parte do plano Viver sem Limites.
Fonte: Agência do Rádio
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