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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

CE: aumenta fatia de mulheres entre ocupados


Apesar da maior inserção no mercado de trabalho, elas ainda recebem menos do que os homens

De acordo com dados do Censo 2010, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres aumentaram a sua participação no mercado de trabalho cearense, de 36,4%, em 2000, para 41%, em 2010. Por sua vez, os homens tiveram sua fatia reduzida, de 63,6% para 59%.O maior equilíbrio é resultados de outros dados mais específicos.


 De todas as mulheres economicamente ativas do Estado, ou seja, com 10 anos ou mais de idade e aptas a trabalhar, 37,47% estavam inseridas, em 2010, no mercado de trabalho. Dez anos antes, esse percentual era de 31,35%. Entre os homens, a mesma comparação registrou uma queda de 58,8% para 57,75%.

Preferência

Apesar dos avanços, ainda é notável que, na hora do recrutamento, a preferência é por eles. Conforme o censo, mesmo com menor número de pessoas em condições de trabalhar (1,377 milhão contra 1,984 milhão), as mulheres são mais escolarizadas que os homens. Desse total, 173 mil (12,6%) já eram graduadas em 2010. Enquanto isso, os homens de nível superior são 110 mil (5,6%).

Apesar de terem aumentado a participação no mercado de trabalho no Estado, as mulheres ainda recebem menos do que os homens em profissões de todos os níveis de instrução. A maior disparidade é entre os cearenses que possuem ensino superior completo. Enquanto os homens recebiam, em 2010, em média, R$ 4.616,79, as mulheres recebiam R$ 2.526,21. No Brasil, a situação é semelhante. O salário médio do trabalhador masculino era de R$ 4.866,53, e o feminino, de R$ 2.706,75.

Entre os cearenses que possuem entre nível médio completo e superior incompleto, o salário médio dos homens era de R$ 1. 241,21. Já as mulheres com o mesmo grau de instrução recebiam em média R$ 774,03 em 2010, segundo o IBGE.

No nível fundamental completo, também há disparidade entre o salário médio dos trabalhadores masculinos (R$ 751,86) e femininos (R$ 476,12). Quanto aos que não têm instrução ou tem nível fundamental incompleto, a remuneração média dos homens era de R$ 557,18. E a das mulheres, de R$ 411,13.

Nacional

A entrada de mais mulheres no mercado de trabalho contribuiu para o aumento no nível de ocupação no País, que saltou de 47,9% para 53,3% na passagem de 2000 para 2010. Embora o nível de ocupação entre as mulheres ainda seja menor do que entre os homens, houve um crescimento de 24% no período: de um patamar 35,4% em 2000 para 43,9% em 2010.

Segundo o IBGE, o aumento na escolaridade feminina contribuiu para o resultado. "Todos os sentidos levam a esse impulso de aproveitamento da mulher no mercado de trabalho. Elas têm maior escolaridade do que os homens", explicou Vandeli Guerra, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Já o nível de ocupação entre os homens aumentou apenas ligeiramente (3,5%), passando de 61,1% para 63,3%. No entanto, o nível de ocupação das mulheres permaneceu inferior ao dos homens em todas as faixas etárias, inclusive entre crianças e adolescentes. "Isso se reflete no nível de escolarização maior das meninas", apontou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho do IBGE. "Quanto mais alto o nível de instrução da mulher, maior a propensão de entrar no mercado de trabalho", completou ele.

Em 2010, o nível da ocupação entre as mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto ficou em 36,9%. Na faixa de mulheres com ensino superior completo, o nível de ocupação salta para 78,2%. "Mais do que dobra", frisou.

Variação

37% das mulheres economicamente ativas no Estado estavam inseridas, em 2010, no mercado de trabalho. 
Dez anos antes, o percentual era de 31,35% Participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu 24%de 2000 a 2010 FOTO: SILVANA TARELHO

Copilado do Diário do Nordeste

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