As usinas fazem parte dos 21
projetos do CE que foram arrematados no 1º leilão de energia eólica do País, em
2009
Segundo dados da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), seis parques eólicos do Ceará devem ter
suas obras concluídas entre dezembro deste ano e janeiro de 2013, no entanto,
por falta de linhas de transmissão, ficarão pelo menos seis meses sem
funcionar, pois, somente em julho próximo (na melhor das hipóteses), a Companhia
Hidro Elétrica São Francisco (Chesf), responsável por isto, deverá concluir as
instalações.
Os parques locais nessa
situação fazem parte do grupo de 21 projetos cearenses que foi leiloado em
2009, no primeiro leilão da energia eólica do País. Do total de 71 usinas que
foram arrematadas no Brasil naquele ano, 32 (contando com as do Ceará) sofrem com
o mesmo problema.
Ao todo, os parques do
Estado nessa situação seriam capazes de gerar, se entrassem em atividade
imediatamente, um total de 156 megawatts. São eles: Buriti (30 MW), Garças (30
MW), Caju-Côco (30 MW), Coqueiros (27 MW), Vento do Oeste (19,5 MW) e Lagoa
Seca (MW). A Aneel não descarta a possibilidade de fazer instalações
provisórias enquanto as definitivas não ficam prontas.
Situação nacional
Pelas regras do edital de
licitação, as 32 usinas têm receitas a receber num valor total de R$ 370
milhões, mesmo que não estejam funcionando, segundo está previsto no contrato
de licitação. Isto significa que, mesmo sem geração de energia, o consumidor
brasileiro vai ter que pagar por uma energia que não está sendo produzida
porque a Chesf não está cumprindo com suas obrigações.
A Aneel acredita que a
estatal tem de ser responsabilizada pelo atraso na entrega de três sistemas de
transmissão. Até agora, agência emitiu três autos de infração contra a Chesf,
no valor de R$ 10,9 milhões.
O leilão
O primeiro leilão de energia
eólica contratou 1.805 megawatts (ou 783 MW médios) nas Regiões Sul e Nordeste
do País, ao preço médio de R$ 148,39 o MWh). No total, foram comercializados R$
19,5 bilhões durante 20 anos. Embora a quantidade tenha ficado um pouco abaixo
da expectativa do mercado, o leilão foi bastante disputado, com deságios entre
19% e 31% - maior até que os das últimas hidrelétricas leiloadas no Brasil (o
de Jirau foi de 21,6%).
O maior vencedor do leilão
foi o Estado do Rio Grande do Norte, que vai abrigar empreendimentos de 657 MW
de potência instalada. Em seguida, ficou o Ceará, com 542 MW.
As linhas de transmissão
estão sob responsabilidade da Chesf FOTO: KIKO SILVA
Compilado do Diário do
Nordeste Online

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