Estado deverá ter a terceira maior geração de postos de trabalho
deste tipo no Nordeste, segundo estudo.
Tradicionalmente, a chegada do fim de ano impulsiona o mercado de
trabalho com a abertura de vagas temporárias. No Ceará, em 2012, a previsão é
que sejam gerados 4.154 empregos temporários, sendo 75% ou em torno de 3.115
postos no varejo e o restante (25% ou cerca de 1.039) na indústria. O número
total de temporários previstos para o Estado corresponde a 2,68% das 155 mil
vagas esperadas para o País e a 17,37% dos 23.901 postos estimados para a
Região Nordeste.
A projeção é apontada por pesquisa encomendada pela Associação
Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário
(Asserttem) e pelo Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços
Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem).
Conforme o estudo, o Ceará ocupa a terceira posição dentre os demais estados
nordestinos em número de vagas projetadas, tendo a frente a Bahia e Pernambuco,
respectivamente, com 6.076 e 5.890 temporários.
A perspectiva indicada para o Brasil (155 mil) corresponde ao
incremento de 5,5% em comparação a 2011, quando foram contratados 147 mil
temporários. Embora historicamente as contratações fossem divididas em 70% para
o comércio e 30% para a indústria, o setor industrial está mais cauteloso na
atual conjuntura e deverá recrutar menos mão de obra nesse ano, cerca de 25%.
Em contrapartida, o comércio conta com o 13º salário e a redução de juros
bancários, devendo absorver 75% do total de temporários desta época do ano.
Efetivação
Do total de contratos de trabalho temporário previsto em todo
país, 15% tendem a ser efetivados. Significa que 23 mil brasileiros (4,5% a
mais do que em 2011) poderão conseguir emprego novo e efetivo depois das festas
de final de ano.
"Para ser efetivado é preciso demonstrar dedicação e
interesse em ajudar e aprender. Agilidade também conta. No período que antecede
o Natal, a rotina é agitada e o funcionário tem que ter jogo de cintura",
recomenda Jismália de Oliveira Alves, presidente da Asserttem.
Para o Natal, a expectativa da Asserttem e do Sindeprestem é que
20% das vagas sejam preenchidas por jovens em situação de primeiro emprego.
Função social
"O trabalho temporário tem uma importante função social, pois
permite que jovens sem experiência vivenciem a rotina de trabalho e adquiram
conhecimento", diz Vander Morales, presidente do Sindeprestem.
No comércio as principais funções demandadas em fim de ano são
analista de crédito, atendimento, crediário, embalador, estoquista, etiquetador
e vendedor. Os principais contratantes são comércio de rua (lojas), shoppings e
os supermercados.
Função e perfil
Cerca de 53% dos contratados são pessoas do sexo masculino, com
idade entre 18 e 39 anos. A exigência varia entre ensino fundamental ou médio
completos.
Na indústria, as funções com mais possibilidade de vagas são
auxiliar administrativo, auxiliar de departamento financeiro, auxiliar de
laboratório, auxiliar de serviços gerais, motorista, nutricionista, operador de
empilhadeira, operador de máquinas, técnico em manutenção industrial e técnico
em segurança trabalho. As indústrias que mais contratam nesse período são dos
ramos de alimentos, bebidas, brinquedos, eletrônicos, vestuário e papelaria.
A escolaridade requerida é o ensino médio completo. São exigidos
qualificação técnica em automação industrial, eletrotécnica, mecatrônica,
química, informática, segurança do trabalho, administração, secretariado e/ou
cursos para funções específicas serão diferenciais.
No comércio, a remuneração média é estimada em R$ 872. Já no setor
industrial o salário médio é de R$ 1.155,00.
ÂNGELA CAVALCANTE
REPÓRTER
Vendedor, analista de crédito, atendente, embalador e etiquetador
são algumas das funções mais demandadas no varejo cearense FOTO: SILVANA
TARELHO
Copilado do Diário do Nordeste
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