LONDRES - Com um ouro, uma
prata e um bronze no primeiro dia de disputas nos Jogos de Londres, o Brasil
não só conseguiu neste sábado seu melhor início de Olimpíadas de todos os
tempos, mas também já atingiu 20 por cento da meta de 15 medalhas estabelecidas
pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
O ouro feminino inédito
conquistado pela judoca Sarah Menezes no peso-ligeiro (até 48kg), a prata do
nadador Thiago Pereira nos 400 metros medley e o bronze do também judoca Felipe
Kitadai levaram o Brasil ao 4o lugar no quadro medalhas neste início de
competição, ao lado da Coreia do Sul e atrás de China, Itália e Estados Unidos.
"Estamos melhorando a
cada ano e a cada Jogos Olímpicos", disse Thiago Pereira, após receber sua
primeira medalha em uma Olimpíada, ao ser perguntado se o Brasil estava
mostrando sua força já para os próximos Jogos, que serão realizado no país.
A preparação dos atletas
brasileiros para Londres, a última Olimpíada antes dos Jogos do Rio-2016, é a
mais cara e completa já realizada pelo COB, mas ainda assim os dirigentes
anunciaram uma meta de apenas repetir a conquista das 15 medalhas dos Jogos de
Pequim-2008.
O grande salto de qualidade
que o Brasil espera dar será daqui a quatro anos, com a expectativa de terminar
pela primeira vez entre os 10 primeiros no quadro de medalhas. O governo
federal vai apresentar um plano de apoio ao esporte de alto rendimento, com
volume recorde de recursos, após o encerramento dos Jogos de Londres para se
atingir esse patamar.
"O objetivo é que o
quadro de medalhas na Olimpíada do Rio de Janeiro seja compatível com a nossa
condição de país sede das Olimpíadas. Todos os países que sediaram Olimpíada
tiveram um plano relacionado com os seus objetivos", disse o ministro do
Esporte, Aldo Rebelo, após assistir à medalha de ouro de Sarah Menezes.
Na capital britânica os
atletas brasileiros recebem uma estrutura comparável à das potências olímpicas
como EUA e Austrália, de forma que não haja "desculpas" dos
competidores que não conseguirem os resultados esperados, de acordo com o
superintendente-executivo de esporte do COB, Marcus Vinícius Freire.
O principal investimento in
loco foi o aluguel do centro esportivo Crystal Palace, o quartel-general do
Brasil em Londres, com locais de treinamento, alimentação e acomodação
exclusivos para os brasileiros. Além disso, a maior parte da delegação
brasileira conta com recursos do programa do governo federal Bolsa Atleta.
O valor do investimento
feito pelo COB na preparação dos atletas não foi divulgado, mas o comitê
garante que é o maior da história.
As 15 medalhas do Brasil em
Pequim (3 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze) foram em atletismo, natação,
vôlei, vôlei de praia, vela, futebol e taekwondo. Em Londres, a expectativa de
subir ao pódio é praticamente nas mesmas modalidades.
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