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sábado, 12 de maio de 2012

Pelé conta seus gols e cria museu para a sua história


Edson Arantes do Nascimento vai construir um museu inteiro para contar a história de Pelé. Estarão expostos em Santos troféus, camisas, chuteiras e tudo que tenha a ver com a vida do Rei. Mas um detalhe se perdeu no tempo. Edson está muito preocupado porque não sabe quantos gols Pelé marcou.
O homem contratou o pesquisador Rogério Lopes Zilli para responder à pergunta fundamental: seriam 1.281, 1.282 ou 1.283 as ocasiões em que Pelé balançou as redes? Zilli mergulhou em livros, documentos antigos e dados oficiais de federações e clubes defendidos pelo Rei. Depois de somar, recalcular, desconsiderar fontes imprecisas e refletir muito, Zilli foi dar a notícia a Edson.

"Foram 1.282 gols", decretou o estudioso. "Mas não dá pra ter certeza. Assumiremos o meio termo. Pra ter certeza teria de fazer um levantamento absurdo, ver ficha por ficha, súmula por súmula, e contar os gols. Seria maluquice." Edson aceitou.
No museu, o número constará como o oficial e assim entrará para a história de Pelé. Um dos pomos da imprecisão na contagem da artilharia real, afirma o pesquisador, é um gol supostamente feito por Coutinho, negro como Pelé, à noite e em um estádio com baixa iluminação.
Os cronistas da época creditaram o tento ao Rei. Mais tarde, alguém questionou sua autoria. O debate se perdeu na falta de registro fotográfico do lance: ninguém mais pôde ter certeza de nada.
"Como vamos checar uma coisa dessas?", pergunta-se Zilli. Seu levantamento também mostrou a Edson coisas que nem ele sabia sobre Pelé, como a quantidade e o nome dos títulos que o Rei levantou jogando no exterior.
Além das estatísticas, o Museu Pelé contará com um acervo de 2.300 itens, além de material multimídia para interação entre o público e a história do atleta do século.
Um dos objetos pessoais é uma caixa de engraxate que Edson diz ter usado para trabalhar quando adolescente. A previsão é que o Museu Pelé comece a funcionar no início de 2013 em um casarão histórico no centro de Santos.
Será o primeiro museu dedicado a apenas um jogador, dizem os organizadores. Mas o item mais curioso da coleção ninguém poderá ver tão cedo. Trata-se de uma caixa de aço, enterrada um metro abaixo do museu e chamada de "cápsula do tempo".
Dentro dela, há uma carta de Pelé ao homem do futuro, fotos dele com os pais e com os filhos, recortes de jornais do dia em que a cápsula foi enterrada, em 2010, camisas de futebol e um DVD com depoimentos de amigos do Rei. A caixa será aberta só no centenário de Pelé, em 2040.
Fonte: Folhapress

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