A cidade de Limoeiro do
Norte foi a primeira a receber o projeto, que desperta os jovens para práticas
educativas
Limoeiro
do Norte. O Programa Ceará Faz Ciência fez sua primeira parada no
Interior do Estado. Limoeiro do Norte sediou a mostra científica com trabalhos
de 25 escolas da região jaguaribana e do Litoral Leste. Ideias criativas por
adolescentes e jovens que aliam os conhecimentos das ciências exatas ao dia a
dia. Além de exibição de trabalhos, o Programa Ciência Itinerante despertou a
curiosidade de jovens nas áreas de ciências e tecnologias da informação.
As
outras cidades a receberem o Programa são Sobral, Crato e Tauá. Estudantes são
premiados com tablets e bolsas de iniciação científica.
Projetos selecionados entre
os melhores de cada Município foram expostos na praça da Igreja Matriz de
Limoeiro. Lá que também já é um palco, todos os anos, da maior feira de
ciências das escolas públicas. E teria sido justamente o grande número de
projetos inscritos um dos motivos para o Município ser o primeiro para a
atuação do programa da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ceará (Secitece).
O que se viu não foi a
apresentação decoreba, como ainda é comum nas férias de ciências escolares. Os
estudantes faziam demonstrações do trabalho sabendo o que estavam dizendo. Às
vezes, até mesmo lamentando a existência de alguns problemas, como a poluição
ambiental causada por fazendas ilegais de criação de camarão em cativeiro. Com
o nome "um novo olhar sobre a carcinicultura", os estudantes Igor
Batista e Gabriela Cavalcante levaram uma maquete de uma fazenda de camarão,
para explicar o que se pode fazer de certo e o que acontece de errado.
"Têm fazendas que ocupam Área de Preservação Permanente, como a que
conhecemos, mas que não nos deixaram entrar. Quando não é usada substância para
combater as bactérias, a água poluída é despejada nos rios contaminando a
região", lamenta Gabriela.
A estudante tentou
demonstrar a importância de um manejo sustentável para a carcinicultura. Com o
auxílio do professor Clodoaldo Uchoa, os estudantes pesquisadores conheceram
não só os impactos ao meio ambiente como a influência da criação de camarão na
economia da região. O próximo passo dos garotos, que estudam na Escola
Profissionalizante Edson Queiroz, em Cascavel, é questionar à Superintendência
Estadual do Meio Ambiente (Semace) se está sabendo que tem uma fazenda de
camarão instalada em Área de Preservação Permanente (APP) e poluindo o rio.
Desde que souberam que é
possível reaproveitar o óleo das frituras sem precisar jogar no ralo da pia, os
estudantes José Edilânio e Laise Costa reviram os conceitos sobre lixo.
Apresentaram o trabalho sabão ecológico, por meio de óleo de cozinha já
utilizado. Estudantes da Escola de Ensino Fundamental João Luz Maia, em
Limoeiro do Norte, eles demonstraram passo a passo a produção do sabão que,
além de eficiente, contribuiu para a limpeza do meio ambiente. E a
sustentabilidade não para aí: o sabão líquido é endurecido em
"formas" de caixinhas de leite achocolatado, já consumidas no Projeto
Segundo Tempo.
A Universidade Estadual Vale
do Acaraú (UVA) fez exposição do "Concreto Translúcido", e a
Universidade Regional do Cariri (Urca) apresentou o Geopark Araripe. O
Instituto Centec, por meio do Centro de Formação de Instrutores (CFI), trouxe
exposição e monólogo sobre Marie Curie, cientista que foi Prêmio Nobel em
Química em 1911.
Seleção
De cada uma das quatro
regiões foram selecionados 25 trabalhos científicos - de estudantes do ensino
fundamental, ensino médio e técnico, de escolas públicas e privadas, a serem
expostos para divulgar os de maior destaque no Ceará. Dos 300 trabalhos
inscritos, 106 foram do Litoral Leste, 74 da Região Norte, 66 do Cariri e 53 da
região dos Inhamuns. "A região jaguaribana, a partir de Limoeiro, tem
comprovado o interesse pelo conhecimento científico e tecnológico, é uma
oportunidade de crescimento pessoas e profissional dos jovens", afirmou o
deputado estadual Mailson Cruz - o Ceará Faz Ciência tem o patrocínio da Assembleia
Legislativa do Estado.
São premiados trabalhos com
1°, 2° e 3° lugares do Ensino Médio, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental
II. Dentre os prêmios, tablets, MP4 e jogos educativos. Os alunos pertencentes
a equipe vencedora na categoria Ensino Médio e Fundamental II receberão bolsa
de Iniciação Científica Júnior do CNPq.
Mais informações:
Secretaria da Ciência,
Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece). Av. Dr. José Martins
Rodrigues, Edson Queiroz - Fortaleza; (85) 3101.6400
MELQUÍADES JÚNIOR
REPÓRTER
Copilado do Diário do
Nordeste
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