Vítima era mulher de 35 anos
que estava internada no Hospital São José há mais de uma semana
Foi registrado no Ceará, na
última sexta-feira (18), o quinto caso de morte em decorrência da influenza
H1N1, mais conhecida como gripe A, em Fortaleza. A vítima, do sexo feminino,
tinha 35 anos de idade e estava internada no Hospital São José.
De acordo com o diretor da
Unidade, Anastácio Queiroz, a mulher deu entrada no hospital já em estado
grave, sendo encaminhada diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
onde se encontrava há mais de uma semana.
"Ela ficou o tempo todo no
respirador, mas, infelizmente, não conseguiu se recuperar", afirma.
Conforme Queiroz, cuidados
básicos devem ser seguidos por quem está com sintomas de gripe, como cobrir o
nariz e a boca no momento do espirro e tosse, não cumprimentar as pessoas, e
lavar as mãos com álcool em gel. "É preciso ter a consciência para não ser
um agente transmissor", alerta o médico.
Ainda sobre os cuidados
contra a doença, ele esclarece que a melhor prevenção é a vacinação. Para ele,
muitas pessoas tomam a gripe como uma doença tola, sem importância, e, por
isso, acabam não se vacinando. "A H1N1 tem sido causadora de internações e
até óbitos. É preciso chamar atenção da população para a importância da
prevenção", acrescenta.
Imunização
O Ceará registrou 129 casos
confirmados da gripe A até a última sexta-feira (18) conforme boletim
Epidemiológico divulgado pela Secretária da Saúde do Estado (Sesa). A campanha
de vacinação em todo o Estado teve início no dia 5 de maio e segue até a
próxima sexta (25) com a meta de imunizar 80% do público alvo, o equivalente a
1.312.364 pessoas. No entanto, faltando quatro dias para o término da campanha,
o Ceará tem apenas 40,7% de cobertura, com 534.125 doses aplicadas, conforme
balanço parcial de vacinação contra a gripe divulgado, ontem, pelo Ministério da
Saúde.
Na Capital, de acordo com a
Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 100.255 doses foram aplicadas, atingindo
28.81% de cobertura.
Segundo a coordenadora de
imunizações da SMS, Vanessa Soldatelli, a maior procura tem sido pelas crianças
e idosos, mas os números estão muito baixos e atribui a isso o fato da grande incidência
de dengue na Capital.
A coordenadora afirma que 12
mil doses da vacina foram liberadas para os hospitais na semana passada e que o
objetivo é seguir com as imunizações aos grupos de risco independentemente do
término da campanha.
RENATO BEZERRA
ESPECIAL PARA CIDADE
Copilado do Diário do
Nordeste
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