Fortaleza não está entre os
25 municípios do Estado que alcançaram a média em avaliação nacional da
Educação
Como você avalia a educação
pública no Ceará? Quais seriam os principais desafios para alcançarmos uma
educação pública e de qualidade para todos? Os dados não são animadores. De
acordo com levantamento feito pelo movimento Todos Pela Educação, apenas 25
municípios cearenses - Fortaleza não está inclusa - atingiram metas
intermediárias de aprendizagem no 5º e 9º ano do Ensino Fundamental.
Os dados revelam que apenas
6% das 5.290 cidades brasileiras atingiram a média. Apesar do baixo índice, o
Ceará está acima do nível nacional e aparece em terceiro lugar no ranking, com
25 municípios na lista dos que atingiram a média, o que corresponde a 7,5%. Minas
Gerais é o Estado que concentra maior percentual (32,3%) de cidades que
cumpriram a meta, seguido de São Paulo (11,1%). Em Alagoas, Amapá e Roraima,
que ficaram com as três últimas posições, nenhum município atingiu a meta.
Dos 184 municípios do Ceará,
182 foram avaliados por meio da prova realizada com alunos, matriculados no 5º
e 9º ano, de todos os Estados do Brasil.
Melhorias
Com a divulgação dos dados,
o Todos Pela Educação espera que ações concretas de melhorias sejam traçadas. O
estudo abrange 5.290 cidades brasileiras. Dessas, apenas 334 atingiram
percentuais adequados nas disciplinas de português e matemática, em 2007 e
2009. A meta traçada pelo movimento é que, até o ano de 2022, 70% dos alunos ou
mais tenham aprendido o que é adequado para a sua série. Então, para acompanhar
o progresso da região geográfica municipal, foram estabelecidas metas
intermediárias, que mostram os patamares desejáveis a serem atingidos a cada
edição da Prova Brasil.
Marco Aurélio de Patrício
Ribeiro, psicólogo e mestre em Educação, diz que o ensino brasileiro começa a
conseguir se direcionar para o caminho certo. Porém, apesar da melhora no
resultado dos últimos anos, o País ainda está muito longe do mínimo necessário.
O especialista comenta que a
educação no Brasil, durante décadas, foi menosprezada de tal maneira que esse
quadro só será revertido a longo prazo.
Ribeiro acrescenta que não
se trata de deficiências dos governos atuais, mas de um erro histórico que a
nação vem tentando resolver mais consistentemente há cerca de 15 anos. "A
ação vem sendo lenta, porque estávamos no fundo do poço", avalia.
Entre as possíveis saídas
que ele aponta para reverter essa situação, está o investimento na formação dos
gestores, no caso, diretores e coordenadores de escolas. "Bons gestores
fazem a diferença. Eles não podem ser escolhidos por interesses
políticos", frisa. Além disso, ele diz que os professores precisam passar
por capacitações permanentes.
Aprendizagem
Chama atenção o fato de a
cidade de Fortaleza não estar entre os 25 municípios cearenses que atingiram as
metas de aprendizagem. Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação (SME)
informa que, em 2009, a Capital registrou crescimento no Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), variando em 15% para o 5º ano e 22%
para o 9º ano.
"Registramos resultados
acima das metas estabelecidas pelo Ministério da Educação. Tivemos crescimento
nas taxas de aprovação, que eram de 70,5%, em 2005, e passaram para 81,6% em
2011, e reduzimos as taxas de abandono, que eram de 11,9% e passaram para
5,6%", diz nota enviada pela assessoria.
A Secretaria de Educação do
Ceará (Seduc) destaca que o Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC),
implantado em 2007, vem mudando a realidade de aprendizagem. Segundo o Sistema
Permanente da Educação Básica do Ceará (Spaece), um total de 99,5% dos municípios
cearenses estão com média satisfatória de alfabetização.
Acidentes
798 atropelamentos graves
foram registrados somente nos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com
dados do Instituto Doutor José Frota (IJF)
LUANA LIMA
REPÓRTER
Copilado do Diário do
Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário