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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Serviço público pode viver clima de greve geral


Os servidores do Instituto Dr. José Frota (IJF) já anunciaram que param suas atividades a partir desta quinta-feira

Os serviços públicos da Prefeitura de Fortaleza podem viver um clima de greve geral a partir desta quinta-feira (9). Com o fracasso de mais uma rodada de negociação acontecida ontem, na sede Sindicato dos Servidores e dos Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), a categoria vai decidir em assembleia marcada para as 9 horas, na Câmara Municipal de Fortaleza, se para as atividades.


Em estado de greve desde o último dia 18 de janeiro, os servidores municipais de Fortaleza vêm promovendo paralisações pontuais de advertência com duração de três horas e realizando assembleias por órgãos.

Entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro, os servidores do IJF, Centro de Assistência à Criança (Croa) e dos hospitais Gonzaguinha de Messejana e Frotinhas de Messejana, Antônio Bezerra e Parangaba decidiram que irão paralisar totalmente as atividades a partir desta quinta-feira.

Hoje, na Prefeitura, se encontram em greve os agentes de trânsito e os agentes comunitários de saúde e endemias. Ambas as categorias já tiveram suas paralisações tidas como ilegais e abusivas por parte da Justiça. Além dos órgãos citados, as secretarias da gestão pública municipal (SERs), Emlurb, Usina de Asdfalto e institutos (Ipem e IPM) podem decretar suas paralisações também nesta quinta-feira.

Após a 7ª rodada de negociação entre integrantes do Fórum Unificado dos Servidores e Empregados Públicos Municipais e dirigentes da Secretaria de Administração do Município, acontecida ontem, nada avançou.

O diretor do Sindifort, Ednardo Araújo, afirmou que o sindicato apresentou uma nova proposta para a Prefeitura. Os servidores teriam 3,1% de reajuste retroativo a janeiro e mais um percentual de aumento entre 10% a 12% que seria pago em maio.

"A Prefeitura apenas informou no encontro que não negocia reajuste salarial, aceitando discutir outros pontos da pauta de negociação. Como não houve avanço nas tentativas de acordo, as categorias distinta de servidores vão decidir seus rumos na assembleia de hoje, na Câmara Municipal quando esperamos, um grande número de servidores, algumas já anunciaram que paralisarão suas atividades, acrescentou Ednardo Araújo.

Ilegalidade

Já são três categorias de servidores públicos municipais que tiveram suas paralisações consideradas pela Justiça do Estado como ilegais e abusivas. A greve dos agentes de saúde e sanitarista foi considerada abusiva pelo Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região. A decisão foi tomada pelo presidente do TRT, Cláudio Pires, para atender ao pedido da Prefeitura de Fortaleza.

O Tribunal de Justiça do Ceará determinou que a greve dos agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é ilegal. O órgão considerou o movimento grevista abusivo. O Sindifort, através de sua presidente, Nacélia Silva contestou o decreto de ilegalidade, afirmando que o mesmo não vale porque a categoria fez apenas uma paralisação temporária.

Ontem, foi a vez do desembargador Paulo Francisco Banhos Ponte, do TJ do Estado, decretar a ilegalidade e a abusividade da greve dos servidores da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC). O Sindifort avisou que não foi notificado e que hoje os agentes decidem os rumos da categoria.

Prefeitura relata prejuízos

A Prefeitura promete cobrar judicialmente do Sindifort pelos prejuízos caudados à AMC. A Autarquia vai cobrar os custos gastos pelos danos ao patrimônio da entidade e também os prejuízos gerados a partir das multas que o órgão terá de pagar pelo atraso na quitação de suas contas financeiras com vencimentos nos dias 6, 7 e 8 de fevereiro.

O presidente da AMC, Fernando Bezerra informou que, após a desocupação da sede da Autarquia, na manhã de ontem, foi concluída a perícia técnica do prédio e da garagem do órgão. A vistoria foi realizada por peritos da Polícia Forense do Ceará, Perforce, e acompanhada por representantes do Sindifort e da AMC.

Segundo ele, a vistoria na sede não revelou nenhum dano ao patrimônio público. As salas estavam fechadas e não foi constatada depredação das viaturas, embora alguns veículos alugados pela AMC apresentassem os pneus secos. Já na garagem, local onde as viaturas ficam estacionadas, os peritos constataram que 30 veículos e duas motos tiveram todos os pneus danificados, um total de 124 pneus. Além disso, sete viaturas tiveram a ignição colada com "Super Bonder" e três tiveram as caixas de fusíveis danificadas. A AMC ainda contabiliza os prejuízos com a greve, pois além de danos materiais, a entidade foi prejudicada com a paralisação dos serviços realizados pelos setores que funcionam na sede, como setor administrativo, setor pessoal, núcleo de gestão energética (iluminação pública). A ocupação da sede durou 48 horas

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