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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Brasil deve ter mercado de R$ 25 bilhões para eólicas


O Brasil se tornará, em breve, um dos líderes mundiais na produção de aero geradores, equipamentos destinados a produzir energia elétrica a partir dos ventos. 

Um mercado de R$ 25 bilhões para esses produtos deve abrir, nos próximos cinco anos, para atender à expectativa do setor de contratar, pelo menos, 2,5 gigawatts (GW) por ano até 2020, acrescentando, a partir de 2012, mais 20 GW de energia eólica ao sistema.


Estes dados constam de um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), divulgado no 3o Brazil Windpower, no Rio de Janeiro. Estudos recentes mostram que o potencial onshore (em terra), do Brasil, em energia a partir dos ventos, é da ordem de 300 GW.


O maior estímulo a essa criação de uma cadeia industrial do setor de energia eólica no Brasil vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). A instituição vincula seus financiamentos a um índice de nacionalização mínimo dos equipamentos. “Há 10 anos, tínhamos apenas um fabricante local, hoje os principais agentes já instalaram fábricas no Brasil”, explica Élbia Melo, presidente-executiva da Abeeólica.

FINANCIAMENTOS
O Bndes prevê um aumento entre 20% e 25% no volume de financiamentos para usinas eólicas, ainda este ano, conforme afirmou o chefe de departamento de fontes alternativas da instituição, Antônio Tovar. Esse aumento se dará mesmo em meio ao impasse surgido no segmento, com a exclusão de pelo menos cinco fabricantes de equipamentos, para geração de uma linha de financiamento do banco de fomento. “O percentual de expansão deve ser verificado tanto nas aprovações, quanto nas contratações e na liberação dos recursos”, disse Tovar.

Dados preliminares da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) indicam o cadastramento de 637 empreendimentos para os dois leilões de energia que estão previstos para ocorrer em outubro, somando 15.667 megawatts de capacidade instalada. Apesar de verificar expansão da participação na matriz energética, o segmento ainda encontra-se sob impacto da medida que resultou na exclusão de pelo menos cinco fabricantes de equipamentos do Finame - linha de financiamento do banco de fomento, em que se enquadram as eólicas.

Tovar disse que a negociação junto às empresas para que retornem ao programa “está avançando” e que elas estão se mobilizando para comprovar que atendem aos critérios de concessão de financiamento, especialmente o índice mínimo de nacionalização de 60% dos componentes das eólicas. “A área responsável pelo credenciamento do banco vem conversando com todos os fabricantes”, disse o executivo.

Para isso, as usinas teriam que passar por uma nova auditoria do banco, a fim de verificar se o índice de conteúdo local mínimo foi atendido. “Quando o fabricante entender que já preenche as condições necessárias para reingressar no cadastro Finame, ele vai agendar essa data, de comum acordo com o banco, e existindo o cumprimento dos requisitos, o fabricante pode reingressar no cadastro”, afirmou o executivo.

Fonte: Jornal O Estado Online

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