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domingo, 10 de junho de 2012

Poupança continua a ser um bom negócio


Com a redução dos juros, a caderneta passou a render menos de 6% ao ano pela primeira vez na história.
Com queda da Selic para 8,5% ao ano, conforme decidido na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a poupança tem hoje o menor ganho da história. É o que afirma a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). É que com a redução dos juros para esse patamar, a caderneta passou a render, para as aplicações feitas de 4 de maio último em diante, menos de 6% ao ano pela primeira vez na história.
Isso porque, pelas novas regras definidas pelo governo federal, o rendimento da poupança passa a ser atrelado aos juros básicos da economia, rendendo 70% da aplicação, mais a Taxa Referencial (TR).
Esse novo formato de rendimento da caderneta é aplicado, porém, somente quando a taxa básica de juros, definida pelo Banco Central, atingir justamente 8,5% ao ano ou menos. Pela regra anterior, que vigorava desde 1991, a poupança não podia render menos de 6,17% ao ano, mais TR.
Bom negócio
Porém, mesmo assim, a modalidade ainda pode ser um bom negócio. Estudo da Anefac revela que, mesmo com a alteração das normas, a caderneta continuará se destacando frente aos fundos de renda fixa, por exemplo, por não ser taxada com Imposto de Renda e não ter taxa de administração.
"Quanto à rentabilidade das novas poupanças, mesmo com as alterações feitas, que vão provocar uma redução em sua rentabilidade se comparadas às contas antigas, mesmo assim elas vão continuar se destacando frente aos fundos de renda fixa, pelo fato de que não pagam Imposto de Renda nem taxas de administração. Este fato deverá provocar ainda reduções nos custos das taxas de administração dos bancos para não perderem clientes", avaliou a associação.
Na análise do economista Ênio Arêa Leão Viana, diretor da Arêa Leão Consultoria Empresarial, além da não incidência de impostos e da inexistência de encargos, outras vantagens como liquidez e risco zero vão garantir a atratividade da caderneta.
"Apesar de a poupança ter a restrição do aniversário da conta, o que faz com que o aplicador perca o rendimento se sacar antes dessa data, ela continua sendo muito competitiva, sobretudo para valores menores", emenda o economista Alex Araújo.
Com o que concorda o educador financeiro Reinaldo Domingos. "Em uma primeira análise posso afirmar que a redução do rendimento não significa que se deverá deixar de colocar seu dinheiro nesta modalidade ou investir em outro tipo de aplicação. É importante frisar neste ponto, que a nova regra só vale para novas aplicações na poupança", afirma.
Vantajoso
Conforme disse, por mais que os números mostrem um tipo de investimento como vantajoso, vários fatores devem ser avaliados antes dessa decisão, dentre os quais estão o comportamento do mercado, que pode mudar de rumo com o decorrer do tempo e, principalmente, os sonhos e objetivos que se quer atingir com o dinheiro investido.
"Investir apenas na linha que aparentemente tem a maior rentabilidade pode ser uma armadilha, levando até mesmo a prejuízos. Além disto, o dinheiro poupado deverá ser dividido em investimentos direcionados aos objetivos de curto, médio e longo prazos", fala. (ADJ)
Rendimento
70% da Selic mais a TR é o rendimento da poupança após nova regra, porém é aplicada somente quando a taxa atingir 8,5% ou menos
Mercado de capitais é a prioridade
"Não existe momento ruim para investir em ações". A afirmação é do médico Carlos Boisseaux, que há pelo menos oito anos aposta no mercado de renda variável para maximizar seus ganhos. Porém, para se dar bem no segmento, orienta, é preciso reconhecer as tendências e operar de acordo com elas. "Tem que conhecer, aprender análise gráfica para poder usufruir de bons resultados". Atualmente, revela, mesmo com todo o sobe e desce da Bolsa, 80% do que tem investido está aplicado em ações. "Existem formas diferentes de operar quando o mercado está em alta e também quando está em baixa", fala Boisseaux.
De acordo com ele, diferentemente de quem tem a visão de comprar ação apenas para render, uma opção interessante é trabalhar com vendas a descoberto. "A venda a descoberto funciona mais ou menos assim: a gente aluga o papel e depois de um tempo, esperando que seu preço caia, compra de volta lucrando na transação, o que é muito propício em um momento como agora", explica.
Ações: chances de ganhos e riscos
Com oportunidades de ganhos maiores no longo prazo, ao contrário da renda fixa, o mercado de ações é outra alternativa de investimento, porém, oferece mais riscos. "Comprar a ação de uma empresa e esperar que ela cresça e mude seu patamar de lucros pode ser uma experiência bastante gratificante para o investidor. Mas para isso é preciso ter paciência e não se assustar com oscilações pontuais de mercado. Além disso, é preciso estar certo de que esse investimento atende a seus objetivos de longo prazo", explica o economista Ênio Viana, diretor da Arêa Leão Consultoria Empresarial.
De acordo com ele, são dois os principais tipos de riscos relacionados a investimentos em ações: "risco de mercado e risco de liquidez. O risco de mercado é associado à possibilidade de desvalorização ou de valorização de um ativo (título público ou ação, por exemplo), devido às alterações políticas, econômicas, internacionais, entre outras.
O risco de liquidez surge da dificuldade em se conseguir encontrar compradores potenciais para um determinado ativo no momento e no preço desejado". Para investir em ações, explica, existem várias formas, "mas é importante avaliar cada uma das alternativas e escolher aquela que melhor atende os objetivos do investidor.
Entre as opções estão: os fundos de ações, que têm gestão de um profissional, mas cobra taxas de administração, o que diminui a rentabilidade; corretora de valores, tradicional forma de compra de ações, mas que também tem a corretagem; o home broker, canal de relacionamento entre investidores e corretoras; e os clubes de investimento, grupos formados exclusivamente por pessoas físicas com um objetivo específico: investir no mercado de ações. (ADJ)
Copilado do Diário do Nordeste

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