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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

País deve criar 1 mi de empregos; 81 mil no CE

São Paulo/Fortaleza. A melhora do mercado de trabalho deve continuar ao longo deste ano. Segundo especialistas, há duas razões para acreditar no ambiente mais positivo para o emprego. Primeiro, a economia deve crescer mais - o governo estima alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3%, o que deve reaquecer as contratações. Segundo, a Reforma Trabalhista pode trazer para a formalidade uma série de informais.
Na projeção da Tendências Consultoria Integrada, o saldo positivo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) deve ficar em 1 milhão de vagas neste ano no País. Para a Pnad Contínua, a previsão é que a taxa média de desemprego fique em 12,4%, abaixo dos 12,7% esperados para 2017.
A explicação para uma queda tímida na Pnad Contínua tem como base o movimento esperado de aumento da População Econômica Ativa (PEA). Com a melhora da economia, é provável que mais brasileiros voltem a buscar emprego, o que limita o recuo da taxa de desemprego.
"Durante a crise econômica, muita gente foi expulsa do mercado de trabalho. Em 2018, parte dessa população volta. A perspectiva de inserção no mercado de trabalho é melhor", diz Thiago Xavier, da Tendências.
No Ceará, a estimativa é que sejam criados, neste ano, mais de 81 mil postos de trabalho formal, disponibilizados por meio do Sistema Nacional de Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT).
Cenário
O cenário do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) para a taxa de desemprego é igual ao da Tendências: desocupação média de 12,4% e 11,5% no último trimestre. "Há boa chance de o mercado de trabalho surpreender este ano", diz o pesquisador do Ibre/FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem visão mais otimista que a de especialistas consultados. Ele disse que serão criadas cerca de 2,5 milhões de vagas formais em 2018. Segundo o ministro, a "continuada divulgação" de bons indicadores da economia mostrará à população que o crescimento econômico seguirá, independentemente do rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's.
Troca
Os primeiros sinais de retomada do mercado de trabalho no País já têm estimulado alguns profissionais a trocarem de emprego. Entre janeiro e novembro do ano passado, o percentual dos brasileiros que se desligou das empresas e trocou de emprego por decisão própria aumentou. No período, 21,3% dos desligamentos registrados pelo Caged foram espontâneos. Em igual período de 2016, foram 19,7%. O aumento dessa fatia de brasileiros que pede demissão de forma espontânea pode parecer pequeno, mas marca uma importante reversão. Desde 2013, o desligamento voluntário estava em queda.
Na outra ponta, o percentual dos brasileiros dispensados - com ou sem justa causa - recuou de 64,2% entre janeiro e novembro de 2016 para 62,3% em 2017. Os dados levam em conta apenas os trabalhadores com carteira de trabalho.
A análise por setor mostra que serviços (24,2%) e comércio (22,3%) foram os setores que registraram maior percentual de demissão espontânea. Na sequência, ficaram indústria (19,9%), agropecuária (18,9%) e construção civil (10,1%).


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