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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

BC quer custo menor no uso do cartão de débito

Banco Central estabeleceu como uma de suas metas aumento do uso de meios eletrônicos de pagamentos no Brasil. De acordo com o presidente da instituição, Ilan Goldfajn, isso passará pela redução no custo das operações com cartões de débito, o que já está sendo discutido entre o BC e as entidades que representam as empresas de cartões e o varejo. O objetivo é baratear o custo do sistema - inclusive para o consumidor - e diminuir a quantidade de dinheiro em espécie que circula no País.

"Estamos vendo qual é a figura total. A foto geral do sistema e onde temos de caminhar", afirmou Ilan. "Temos dois objetivos. Um é a redução do custo de crédito. Nesse caso, no cartão de débito, reduzir o custo é uma medida voltada para o lojista. O lojista reduz esse custo e isso chega para o cidadão", acrescentou.
O segundo objetivo, de acordo com Ilan, é incentivar o uso de instrumentos - como os cartões - que economizem a utilização de papel moeda. Isso faria o País gastar menos com a fabricação de cédulas e moedas e, de quebra, elevaria o controle sobre a circulação de recursos, coibindo atividades ilícitas.
"Achamos que pode ser interessante para o sistema, para a sociedade, usar menos papel moeda por algumas razões. No caso da lavagem de dinheiro, isso é uma contribuição válida do Banco Central, um esforço de segurança", afirma. Segundo Ilan, a redução do custo do cartão já faz parte da Agenda BC+, de metas de longo prazo da instituição. O aumento do uso de meios eletrônicos, para reduzir o uso de papel moeda e coibir ilícitos também entrará na agenda.
Esse movimento do BC, apoiado pelo setor de cartões e do varejo, está em sintonia com uma tendência global. Outros países têm discutido a redução do uso de papel moeda para combater a lavagem de dinheiro e o pagamento de propinas a funcionários públicos.
No Brasil, existem atualmente cerca de 25,5 bilhões de moedas em circulação e 6,125 bilhões de cédulas. No total, isso equivale a R$ 224 bilhões.
Ao mesmo tempo, com a medida, os gastos do País com a compra de notas - seja para reposição, seja para dar conta da demanda monetária - será menor. Em 2016, o Brasil gastou R$ 505,2 milhões para imprimir 1,062 bilhão de cédulas e 651 milhões moedas. Em 2017, o gasto chegou a R$ 625,3 milhões (1,116 bilhão de cédulas e 769 milhões de moedas).

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