Brasília. A ministra do STF (Supremo Tribunal
Federal) Cármen Lúcia negou a concessão de uma liminar pedida pelo empresário
Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, para ter acesso à
íntegra do inquérito que o investiga na Operação Zelotes. O conteúdo da decisão
da ministra não foi divulgado. Os advogados alegavam que não conseguiram a
liberação de todo o material envolvendo a investigação e isso prejudica a
defesa do empresário, ferindo entendimento do próprio Supremo.
As
empresas de marketing esportivo de Luís Cláudio, a LFT e a Touchdown, são alvos
da operação porque a LFT recebeu R$ 2,5 milhões da empresa do lobista Mauro
Marcondes Machado, investigado sob suspeita de compra de medidas provisórias em
benefício do setor automotivo.
"É
inadmissível que o Reclamante e seus defensores, em meio a uma Operação desta
magnitude, tenham acesso tão somente às informações previamente recortadas pela
autoridade policial", afirmou a defesa.
Em
depoimento à Polícia Federal no último dia 4, o filho do ex-presidente Lula
afirmou que realizou quatro projetos de marketing esportivo para a empresa do
lobista Mauro Marcondes Machado, mas não deu detalhes sobre os serviços
prestados. Mauro Marcondes foi preso na Operação Zelotes sob suspeita de ter
usado sua empresa, a Marcondes e Mautoni, para fazer lobby junto a autoridades.
Investigadores suspeitam que a contratação do filho de Lula ocorreu para obter
influência com políticos.
Mauro
Marcondes é ligado ao setor automotivo e fazia parte da diretoria da Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
No
depoimento, Luís Cláudio cita projetos nos quais teria atuado: resultados das
marcas perante a Copa 2014, da importância das marcas ligadas ao esporte, da
utilização das novas arenas como exposição de marcas, do risco de investimentos
para patrocínio da Olimpíada de 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário