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sábado, 26 de julho de 2014

Lucro líquido da Coelce cai 33,7% no 1º semestre

Incremento de 4,2% no volume de energia vendida e transportada, aumento de 3,8% no número de clientes cativos, elevação de 16,77%, em média, nas tarifas; redução de 5,9% no quadro de funcionários próprios e compensações financeiras de R$ 195 milhões da União, não foram, ainda, suficientes para a Companhia Energética do Ceará (Coelce) quebrar a corrente de redução de lucratividade registrada nos últimos semestres.

No período de janeiro a junho último, a Companhia anotou lucro líquido de R$ 91,45 milhões, montante um terço menor, ou, mais precisamente, 33,7% inferiores aos R$ 137,87 milhões auferidos no primeiro semestre do ano passado. A perda na lucratividade repercutiu diretamente no lucro dos acionistas da empresa, cuja ação recuou de R$1,77, no fim do primeiro semestre de 2013, para R$1,17, no fim de junho último, queda de 33,7%. Os números constam no balanço de resultados operacionais e financeiro da Coelce, divulgados ontem, no site da empresa.
Vendas
Conforme os dados do relatório e as informações repassadas à imprensa pela Coelce, as vendas e o transporte de energia no primeiro semestre deste ano, chegaram a 5.443 GWh, volume 4,2% maior do que os 5.226 GWh, comercializados no mesmo período de 2013. Do total vendido este ano, 4.572 GWh foram destinados ao mercado cativo e 654 GWh, para o mercado livre.
O crescimento nas vendas, segundo a Coelce, deveu-se à captação de 130 mil novos clientes no primeiro semestre de 2014, o que resultou no aumento de 3,8% no número de consumidores, que passou de 3,43 milhões, em junho de 2013, para 3,56 milhões, no fim do primeiro semestre deste ano.
Classes de clientes
Por categoria de clientes no mercado cativo, o residencial convencional cresceu 6,2%, o rural, 6,4%, o industrial, 1,8%, o comercial, 2,8%, enquanto o residencial baixa renda, aumentou apenas 0,6%. Em média, a alta no consumo per capita foi de apenas 1,6%, no período.
Se o lucro líquido menor no primeiro semestre de 2014 não atendeu às expectativas dos acionista, não foi por falta de receitas financeiras, que aumentaram 13%, saltando de R$ 1,8 bilhão, no acumulado de janeiro a junho de 2013, para R$ 2,03 bilhões, na soma dos seis primeiros meses deste ano. Em abril passado, a tarifa de energia elétrica subiu 16,77%.
Justificativas
Para justificar mais um resultado ruim, a Coelce explica que "os custos e as despesas operacionais alcançaram R$ 1,47 bilhão nos primeiros seis meses de 2014, valor 26,6% superior a igual período de 2013". Alta que, segundo a empresa, é reflexo do aumento dos custos com a compra de energia mais cara, sobretudo das térmicas, sendo as mais demandadas a Petrobras e a Eletronorte. "O efeito positivo na receita foi parcialmente compensado pela devolução aos clientes da receita extraordinária obtida entre abril de 2011 e abril de 2012, a partir do reajuste de 2013 autorizado pela Aneel", justificou em nota.
A companhia informou ainda, que investiu R$ 132,85 milhões no primeiro semestre de 2014, um acréscimo de 14,7%, sobre os R$ 115,8 milhões aplicados em igual período de 2013. Montante ainda insuficiente para atender aos mais de 2.400 pedidos de serviços de ligações de energia elétrica não atendidos a tempo, pela Companhia, no último ano, conforme denuncia a Arce. Sobre isso, a Coelce respondeu que "já acordou com a Arce e a Aneel um compromisso para atendimento à demanda reprimida, com acompanhamento trimestral".
Carlos Eugênio
Repórter

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/lucro-liquido-da-coelce-cai-33-7-no-1-semestre-1.1066189

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