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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Empresa investe R$ 500 mil para fabricação de cachaça com ouro comestível de 23k

O empreendedor Leandro Dias, 32, da empresa Dias de Ouro, investiu R$ 500 mil de capital próprio para criar a Middas, uma cachaça com flocos de ouro comestível. O objetivo é atrair a classe A. "O ouro é associado a poder, sucesso e luxo e a pessoa vai sentir isso ao interagir com a garrafa colocando o metal [que vem em um frasco a parte] na bebida", diz.
A matéria-prima de 23 quilates foi trazida da Alemanha, com qualidade de pureza atestada pela União Europeia. O produto de 700 ml custa R$ 150 e por enquanto é vendido via internet. "No Brasil, mudou muito o conceito de a cachaça ser uma bebida da classe baixa. A alta sociedade já consome, mas é um mercado ainda receoso e que precisa ser melhor explorado", afirma.

Segundo Vicente Bastos Ribeiro, presidente do Ibrac (Instituto Brasileiro da Cachaça), o estigma da bebida está ficando para trás por causa da valorização da cultura nacional. Em 2013, os Estados Unidos reconheceram a bebida como um produto genuinamente brasileiro.
O interesse por itens nacionais é potencializado com a Copa do Mundo. Dias diz que decidiu lançar a Middas em maio para "aproveitar a visibilidade do Brasil aos olhos estrangeiros". "A cachaça teve um processo de enobrecimento", afirma Ribeiro. "Isso se reflete nos lançamentos de produtos 'premium'".
Grandes fabricantes como Velho BarreiroYpióca51 Pitú têm suas versões sofisticadas custando em torno de R$ 140 por garrafa. De acordo com o Ibrac, apesar de cachaça ser a terceira bebida destilada mais consumida do mundo, atrás da vodca e do soju, o Brasil exporta menos de 1% da produção anual, de 800 milhões de litros. O setor movimenta R$ 7 bilhões por ano. "O Brasil precisa criar um conselho regulador para projetar a cachaça mundialmente, e os produtores não devem só pensar no mercado nacional", afirma Ribeiro.
Fonte: Folhapress

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