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sábado, 24 de novembro de 2012

Ceará consegue ampliar a fatia na economia do País


Incentivos fiscais para atrair empresas e transferência de renda desconcentraram PIB rumo ao N/NE

O Ceará ampliou de 2,0% para 2,1% a participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País entre 2009 e 2010 - maior percentual já registrado pelo Estado. Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ceará permanece na décima segunda posição no ranking de participação do PIB nacional. No Nordeste, o Estado é a terceira unidade federativa com maior participação, ficando atrás de Pernambuco (10º) e Bahia (6º).Mesmo tendo sido de apenas 0,1 ponto percentual, a expansão representa um avanço significativo para o Estado, segundo a economista Eloísa Bezerra, do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).


Média nacional

"Pode parecer pouco, mas um aumento de ´zero vírgula alguma coisinha´ já representa muito", frisa Eloísa. Entre 2002 e 2010, o avanço do PIB cearense foi de 43,5%, enquanto o salto da média nacional foi de 37,1%. Conforme a economista, o principal reflexo do incremento, para os cearenses, é a capacidade maior de investimento do poder público em áreas estratégicas, já que o Estado passa a contar com mais recursos.

"Economia diferente"

Eloísa destaca que o Ceará possui uma "economia bem diferente" da dos estados do Norte que puxaram o avanço da região, a exemplo do Pará - unidade federativa com segunda maior expansão entre 2009 e 2010 - 0,3 ponto percentual. "No caso do Ceará, a força dele é o setor de serviços", salienta a economista.Em 2010, o setor de serviços correspondeu a 72,1% do PIB cearense, sendo seguido pela indústria (23,7%) e pela agropecuária (4,2%). No ano anterior, as três áreas tinham participação, respectivamente, de 70,4%, 24,5% e 5,1%.

Para a economista, um dos responsáveis pela expansão cearense nos últimos anos é a atração de uma série de empreendimentos para o Estado.

Empreendimentos

Como existe a perspectiva de vinda de diversas novas empresas - atraídas, por exemplo, pela operação da Companhia Siderúrgica do Pecém -, Eloísa diz acreditar que o PIB do Estado continue crescendo e aumentando a participação na média nacional nos próximos anos.

Motivos

Conforme o levantamento do IBGE, a expansão do PIB, em todo o Brasil, "resultou do aumento de 6,9% do valor adicionado bruto a preços básicos e do crescimento de 11,7% da arrecadação de impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos".

"O aumento dos impostos reflete, principalmente, o crescimento, em volume, de 10,7%do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), além dos aumentos de 42,1% do Imposto de Importação (II) e de 16% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)", destaca a pesquisa.

Entre os estados com maior participação, estão São Paulo (33,1%), Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,7%) e Paraná (5,85%). As cinco unidades da federação, juntas, abocanhavam em 2010 dois terços do PIB do país (65,7%, exatos). Os demais 22 estados ficavam com 34,3%. Esse peso, porém, era menor em 2002: 33,1%.

Dentre as maiores economias do País, apenas Minas Gerais ganhou peso: 0,7 ponto percentual, o maior avanço de 2002 a 2010. O Estado se beneficiou do crescimento da agricultura - do café, sobretudo -, da agroindústria - leite - e da extração de minério de ferro. O minério impulsionou também os estados do Pará e Espírito Santo, cujo peso subiu 0,3 ponto percentual e 0,4 ponto percentual, respectivamente. Depois de Minas Gerais, foram deles os maiores avanços na participação ao lado da Bahia (0,3 ponto).

Estado registrou 5º pior PIB per capita

Fortaleza/Rio. O Ceará apresentou o quinto menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita no Brasil em 2010, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado registrou naquele ano R$ 9.216,96, enquanto a média nacional foi de R$ 19.766,33. A pior colocação no ranking foi a do Maranhão, com R$ 6.888,60. Já o maior PIB per capita do País é o do Distrito Federal, com R$ 58.489,46.

"O menor PIB per capita era o do Piauí, agora é o do Maranhão", disse Frederico Cunha, gerente da Coordenação de Contas Nacionais Anuais, explicando que o crescimento da população no Maranhão foi maior do que no Piauí e, como a expansão do PIB não acompanhou a expansão populacional, o PIB per capita maranhense ficou menor.

Fatores

A performance do Distrito Federal é explicada pela baixa densidade populacional aliada ao elevado nível de renda. "A fatia do Distrito Federal no PIB é muito maior do que a fatia da região no total da população. O PIB per capita do Distrito Federal é três vezes maior que o do Brasil", acrescentou Cunha.

A segunda pior posição na lista de PIB per capita pertenceu ao Piauí: R$ 7.072,80. O Estado de Alagoas ficou em terceiro lugar, com um PIB per capita de R$ 7.874,21. "A concentração dos menores PIBs per capita é nas regiões Norte e Nordeste".

Apesar do ligeiro movimento de desconcentração da riqueza no País, oito unidades da federação ainda concentram 77,8% do PIB brasileiro em 2010. São elas São Paulo (33,1%), Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,7%), Paraná (5,8%), Bahia (4,1%), Santa Catarina (4,0%) e Distrito Federal (4,0%). Já os dez estados com as menores participações no Produto Interno Bruto somavam uma fatia de apenas 5,3% da geração total de riqueza, relatou o IBGE. Todos estavam localizados no N/NE. 

O setor de serviços, no qual o comércio teve a maior participação, foi responsável por impulsionar o PIB cearense entre 2009 e 2010, correspondendo a 72,1% na economia em 2010 Foto: João Luís~

Copilado do Diário do Nordeste

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