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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Preço do feijão tem queda de até 12% na Ceasa-CE 27.08.2012


Cinco dos sete tipos encontrados nos boxes tiveram redução na tabela entre o dia 30 de julho e 20 deste mês.

Tradicional nos pratos da maioria dos cearenses e um dos produtos mais consumidos no Estado, o feijão apresentou preço decrescente na Central de Abastecimento do Ceará S/A (Ceasa-CE), entre o fim do mês passado e o dia 20 de agosto. Comercializados no atacado, o produto teve cinco (dos sete) tipos encontrados na Ceasa, em baixa segundo levantamento feito pela Divisão de Informação do órgão. Dos 45 produtos investigados, foram 19 altas, 15 baixas e 11 mantiveram seus preços sem alteração.


Conhecido dos cearenses, o feijão carioquinha teve -10,5% no comparativo Foto: Honório Barbosa

"O feijão deu uma guinada para baixo por que a segunda safra do Sul da Bahia, que é de irrigação, foi muito boa. Aliado a isso, também teve o de Goiás chegando e um pouco do Paraná e Minas Gerais", explicou o chefe da divisão, Odálio Girão.

Os tipos de feijão que reduziram os preços de acordo com o balanço foram: macassar, a saca (-5,3%) e o fardo (-6,3%); o carioquinha, a saca (-10,5%) e o fardo (-11,8%) e a saca do branco (-12%). Já o feijão verde, comercializado no quilo, foi o único a apresentar alta (25%), enquanto o preto manteve-se inalterado no período.

Consumidor diversificado

De acordo com Odálio, a chegada de várias safras vindas de diversas partes do País beneficiou o consumidor - "que está em uma situação muito boa" -, porém, não contou com a participação da produção cearense, que segue abalada pela seca.

"Está tendo muita oferta, mas parece que o cliente deu uma paradinha e está diversificando bastante o consumo", analisou.

Produtos da serra mais caros

O chefe da Divisão de Informação da Ceasa ainda ressaltou a situação dos produtos plantados na serra da Ibiapaba, no Ceará, os quais, segundo ele, estão mais sujeitos à influência da seca que assola o Estado. Ele apontou o chuchu (cento), o milho verde (cento) e a vagem (caixa de 10kg) como os principais impactados pela falta de chuva. Eles registraram entre 30 de julho e 20 de agosto, respectivamente, elevações de 25%, 16,7% e 25%.

Outro legume em destaque pela alta no balanço da Ceasa foi a batata inglesa, a qual saltou 38,5% no comparativo. "Uma das mais consumidas", segundo Odálio, ela vem toda de fora e teve a safra de Minas Gerais "diminuta" e, assim, as cargas vindas da Bahia, do Paraná e de São Paulo insuficientes para abastecer o mercado local.

Bom momento do morango

Entre as frutas, Odálio destina maior atenção para o morango. O produto tem sua demanda atendida, em sua maioria, por outros estados e, durante agosto e setembro, passa pelo pico de produção da safra.

Entre julho e agosto, a redução foi de -32,7%, quando a caixa passou a custar R$ 8.

"As expectativas de comercialização do produto neste período é a melhor possível. Cresce a colheita do fruto também no Estado do Ceará pelo município de São Benedito, no Planalto da Ibiapaba, podendo atingir neste período a marca de 120 toneladas", detalha.

Na contramão do morango, o limão galego teve o cento inflacionado em 42%, acompanhado do cento do abacaxi grande (8,7%) e da melancia (8,3%).

No entanto, o coco verde iniciou uma queda no preço do cento de 12,5% devido à diminuição da demanda depois da alta no período de férias.

O mamão formosa e o abacate grande também tiveram baixas no quilo deles, de -11,8% e 14,3%, respectivamente.

Agricultores seguram água

Ao determinar a chuva como determinante para o preço de todos os artigos produzidos aqui, ele também contou do esforço dos agricultores para manterem uma reserva de água para garantir uma produção regular até o fim deste ano.

"Eles mantém a água retida para conseguirem manter a produção até o fim do ano", reforça. No entanto, a ação dos agricultores não garante uma quantidade suficiente para garantir preço baixo no mercado, que vai acabar dependendo da entrada de colheitas de outros estados.

Copilado do Diário do Nordeste

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