Cinco dos sete tipos
encontrados nos boxes tiveram redução na tabela entre o dia 30 de julho e 20
deste mês.
Tradicional nos pratos da
maioria dos cearenses e um dos produtos mais consumidos no Estado, o feijão
apresentou preço decrescente na Central de Abastecimento do Ceará S/A
(Ceasa-CE), entre o fim do mês passado e o dia 20 de agosto. Comercializados no
atacado, o produto teve cinco (dos sete) tipos encontrados na Ceasa, em baixa
segundo levantamento feito pela Divisão de Informação do órgão. Dos 45 produtos
investigados, foram 19 altas, 15 baixas e 11 mantiveram seus preços sem
alteração.
Conhecido dos cearenses, o
feijão carioquinha teve -10,5% no comparativo Foto: Honório Barbosa
"O feijão deu uma
guinada para baixo por que a segunda safra do Sul da Bahia, que é de irrigação,
foi muito boa. Aliado a isso, também teve o de Goiás chegando e um pouco do
Paraná e Minas Gerais", explicou o chefe da divisão, Odálio Girão.
Os tipos de feijão que
reduziram os preços de acordo com o balanço foram: macassar, a saca (-5,3%) e o
fardo (-6,3%); o carioquinha, a saca (-10,5%) e o fardo (-11,8%) e a saca do
branco (-12%). Já o feijão verde, comercializado no quilo, foi o único a
apresentar alta (25%), enquanto o preto manteve-se inalterado no período.
Consumidor diversificado
De acordo com Odálio, a
chegada de várias safras vindas de diversas partes do País beneficiou o
consumidor - "que está em uma situação muito boa" -, porém, não
contou com a participação da produção cearense, que segue abalada pela seca.
"Está tendo muita
oferta, mas parece que o cliente deu uma paradinha e está diversificando
bastante o consumo", analisou.
Produtos da serra mais caros
O chefe da Divisão de
Informação da Ceasa ainda ressaltou a situação dos produtos plantados na serra
da Ibiapaba, no Ceará, os quais, segundo ele, estão mais sujeitos à influência
da seca que assola o Estado. Ele apontou o chuchu (cento), o milho verde
(cento) e a vagem (caixa de 10kg) como os principais impactados pela falta de
chuva. Eles registraram entre 30 de julho e 20 de agosto, respectivamente,
elevações de 25%, 16,7% e 25%.
Outro legume em destaque
pela alta no balanço da Ceasa foi a batata inglesa, a qual saltou 38,5% no
comparativo. "Uma das mais consumidas", segundo Odálio, ela vem toda
de fora e teve a safra de Minas Gerais "diminuta" e, assim, as cargas
vindas da Bahia, do Paraná e de São Paulo insuficientes para abastecer o
mercado local.
Bom momento do morango
Entre as frutas, Odálio
destina maior atenção para o morango. O produto tem sua demanda atendida, em
sua maioria, por outros estados e, durante agosto e setembro, passa pelo pico
de produção da safra.
Entre julho e agosto, a
redução foi de -32,7%, quando a caixa passou a custar R$ 8.
"As expectativas de
comercialização do produto neste período é a melhor possível. Cresce a colheita
do fruto também no Estado do Ceará pelo município de São Benedito, no Planalto
da Ibiapaba, podendo atingir neste período a marca de 120 toneladas",
detalha.
Na contramão do morango, o
limão galego teve o cento inflacionado em 42%, acompanhado do cento do abacaxi
grande (8,7%) e da melancia (8,3%).
No entanto, o coco verde
iniciou uma queda no preço do cento de 12,5% devido à diminuição da demanda
depois da alta no período de férias.
O mamão formosa e o abacate
grande também tiveram baixas no quilo deles, de -11,8% e 14,3%,
respectivamente.
Agricultores seguram água
Ao determinar a chuva como
determinante para o preço de todos os artigos produzidos aqui, ele também
contou do esforço dos agricultores para manterem uma reserva de água para
garantir uma produção regular até o fim deste ano.
Copilado do Diário do Nordeste
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