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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Projetos tentam proteger falésias


Canoa Quebrada é o mais famoso destino do Litoral Leste do Ceará. Fica a sete quilômetros da sede Aracati, município do qual faz parte. As 25 barracas de praia, que mantêm o movimento diurno do local, serão deslocadas e padronizadas por meio de um projeto de requalificação do espaço.Segundo a Associação dos Empreendedores de Canoa Quebrada (Asdecq), as barracas vão sair da frente das falésias para ficar a oeste da Vila de Canoa Quebrada, a 1,5 quilômetro do centro, em direção a foz do Rio Jaguaribe.
O diretor da associação, Luís Nogueira, explica. “Na semana em que as barracas ficaram fechadas, isso aqui ficou uma terra de fantasma”. O empreendedor, que emprega cerca de 60 pessoas na barraca Chega Mais, defende o projeto de deslocamento.

“Já foi feita uma planta da área e o Governo do Estado já sinalizou fazer esse projeto. Já existe o decreto da prefeitura desapropriando a área e já existe uma consulta prévia da Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente) de que lá é passível de desocupação”, afirmou Nogueira.
O representante do setor diz que a maioria dos donos de barraca é a favor da mudança de localização. “Com isso, a ideia é resolver vários problemas de uma vez só ainda este ano. Estamos funcionando sob liminar”, lembrou Nogueira, que fala com a propriedade de ser aracatiense da vila de Canoa Quebrada. “As reivindicações são em benefício, principalmente, do destino e do turista. As coisas têm que ser boas para nós que moramos no lugar e para o visitante”.
A Semace informou não haver solicitação de licenças ambientais para o projeto. O titular da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur-CE), Bismarck Maia, afirmou que o deslocamento dos quiosques poderão ser inclusos no recursos que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) liberou para obras no Litoral Leste. “Estamos tentando aproveitar os recursos do BID para contemplar uma área onde seja urbanizada para que o setor privado se instale lá”, disse o secretário.
Falta drenagem
Outro desafio que a praia enfrenta mais recentemente é a degradação das falésias em função da falta de drenagem em parte da vila. “As falésias precisam de um cuidado maior. Uma parte da vila não tem a drenagem de águas fluviais. Essas águas da chuva ficam em cima das falésias. Está destruindo a beleza natural do lugar, por conta de uma obra inacabada”, critica Nogueira.
Bismarck afirmou que a degradação por conta das águas das chuvas vai ser solucionada com um plano de manejo das dunas e das falésias, além da realização das obras de drenagem em Canoa. Mas, neste período chuvoso, ainda continuará esse problema. (Andreh Jonathas, enviado a Aracati)
O POVO tentou contato com o secretário do turismo de Aracati, Thiago Sales. Até o fechamento desta edição, não houve retorno por e-mail e seu telefone celular não foi atendido.
ENTENDA A NOTÍCIA
Canoa Quebrada experimentou um aumento muito grande de visitantes em pouco espaço de tempo. Nas ruas da vila não há ordenamento de trânsito. Pedestres concorrem com todos os tipos de carros.
Copilado do Jornal O Povo on-line

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