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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Sensibilidade feminina

O mês de agosto chegou e junto com ele a conscientização sobre a importância do aleitamento materno, tanto para o bebê como para as mães. O assunto não é novidade quando o tema é nascimento, porém uma série de questões ainda é abordada por médicos para destacar uma ação tão importante.
Denominado como “Agosto Dourado”, o mês inteiro é designado a mostrar para as mães quais os benefícios da amamentação e, além disso, acolher alguns casos quando esta tarefa pode ser um pouco mais complicada.

Assim, nesse momento, o bem-estar pode ser um dos fatores atingidos pelas relações pessoais e é importante cuidar do ambiente ao redor da mulher.
Pensando nisso, um grupo de obstetras em Fortaleza realiza um trabalho diferenciado nesse assunto. Amigas há algum tempo, Rebeca Dourado, Mayna Moura, Nathalia Posso, Anna Dorotheia e Gabriela Alcântara se juntaram para montar uma clínica especializada em ginecologia e obstetrícia, a Femme Vie. Desde a faculdade, com extensão pela residência, as cinco mulheres criaram vínculos e desenvolveram uma proposta de atendimento mais acolhedor às mulheres. A ideia é aproximar a paciente que está realizando o seu atendimento.
Claro, que além do aleitamento existem diversas outras questões do universo feminino abordadas durante a consulta. Desde a primeira relação sexual, com as mais jovens, até o nascimento do bebê, com as grávidas, elas contam que a representatividade e o contato entre mulheres facilita e, muito, o trabalho no consultório.
Especial
De acordo com a obstetra Anna, os dias que se passam durante o mês de agosto são especiais, mas o trabalho de conscientização é realizado ao longo de todo o ano. 
O processo de conversa e aconselhamento, muitas vezes, se inicia antes mesmo que uma mulher engravide.
“A gente indica que o ideal é procurar o consultório antes mesmo de engravidar para ficar preparada para todo esse processo que vai se seguir”, comenta ela.
No entanto, não é sempre que a gravidez ocorre de uma maneira planejada. A partir daí, o processo de acompanhamento do bebê e da conscientização sobre o leite materno já se inicia no pré-natal desta mãe.
“A gente busca fortalecer o vínculo do médico e do paciente, até mesmo para saber do perfil psicológico com que estamos lidando. Saber se o bebê foi programado, esse tipo de coisa, para entender como vai ser esse processo de gestação”, explica.
Enquanto isso, Gabriela Alcântara, que também faz parte do grupo de médicas, acredita na importância que tem o contato feminino durante esse período. 
“Eu acredito que ninguém melhor para entender uma mulher do que outra mulher”, opina a médica.
Afinidade
Para além das questões do aleitamento materno, a história das cinco profissionais é bem interessante. Ainda na faculdade, os laços se formaram e os interesses em comum surgiram entre elas, tendo a obstetrícia como o principal deles.
A partir deste ponto se seguiram inúmeros momentos em que começaram a discutir para um modelo em que trabalhassem juntas e que pudessem praticar os ideais em comum que possuíam.
“Como nós já éramos amigas foi quase que uma coisa natural e as características de uma acabam complementando a das outras”, conta Gabriela sobre a relação.
Já Rebeca Dourado ressalta o sonho que todas elas ainda possuem. Atualmente com a clínica funcionando, elas também querem montar conexões com médicas de outras especialidades.
“Eu como mulher, que já passei por esse processo de gestação, e acabo me conectando. No fundo a gente deseja encontrar a possibilidade de ser atendida por várias mulheres com diversas especialidades”, comenta.
 Delicadeza
Ao falar de questões tão delicadas como o aleitamento, por exemplo, é normal que muitas mulheres procurem um ambiente em que sejam bem recebidas e o acolhimento seja prioridade.
Mayna Moura, que falou ao Zoeira ainda durante um atendimento que realizava em uma paciente, ressaltou o sentimento de segurança que muitas mulheres buscam.
De acordo com ela, não é raro que meninas cheguem em situações delicadas no consultório e, nesse momento, a sensibilidade acaba sendo essencial para realizar qualquer tipo de trabalho.
“Esse cuidado todo também tem que ser feito com quem vem acompanhando essa paciente. É bem importante o exercício que a gente tem todo dia juntas como mulheres. E é isso que é interessante para a gente. Nós pensamos diferente, mas acabamos conversando e nos comunicando para melhorar e alcançar o objetivo que temos”.
Ela também reitera que o atendimento que se realiza dentro da obstetrícia e da ginecologia é minucioso e envolve uma série de fatores sérios e que são repassados nesse contato mais profundo.
Conselhos 
Voltando para a questão do que o leite representa no início da vida da criança, as médicas não abrem mão de dizer que muitas mulheres já chegam com a consciência formada em relação a isso. “As dicas que damos são sempre baseadas em tudo que a gente já viu e faz ao longo do pré-natal que essa mãe realiza. Ao longo desse período esse é um dos tópicos de mais importância e preparamos a mãe para tudo que envolve isso”.
Inclusive, um dos pontos abordados durante uma consulta é sobre a possibilidade de que uma mãe não consiga amamentar. Seja por fatores psicológicos ou até mesmo naturais, é necessário que a mulher esteja ciente e preparada de que casos como esse podem surgir logo após o parto. “Isso não quer dizer que essa mulher será menos mãe por isso. Existem diversos pontos que poderão influir nesse período”, reforça Mayna.
Ao mesmo tempo, Rebeca aproveita para ressaltar que a força de outras mulheres também pode ser essencial no meio disso. “Eu sempre digo que todas nós somos capazes de amamentar. Porém, se uma mulher não consegue, não quer dizer que ela será uma má mãe”, afirma.
Diante de todos estes pontos, o que fica é que além da medicina e procedimentos de consultórios, um ambiente em que o feminino é regra auxilia em momentos difíceis e bonitos de uma mulher.

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