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sexta-feira, 29 de junho de 2018

MUSEU JAGUARIBANO DO ARACATI GUARDA IMPORTANTE ACERVO DA HISTÓRIA BRASILEIRA

A cidade do Aracati, distante 150 km da capital cearense, tem a população estimada pelo IBGE em pouco mais de 83 mil pessoas e é conhecida internacionalmente por suas belas praias, com destaque para a internacionalmente conhecida Canoa Quebrada. Porém, o Centro Histórico da cidade abriga um rico patrimônio de ruas e monumentos arquitetônicos com 154.824m² de área de tombamento rigoroso, nela as construções devem ser preservadas ao máximo.





Funcionamento: De terça a sábado, das 8h às 11h 30 e das 14h às 17h30
Entrada: R$ 5,00 (Cinco reais).
Telefone: (88) 3421-3396.
E-mail: museujaguaribano@gmail.com
Site: www.museujaguaribano.org.br
Fachada do Museu
Entre as edificações mais relevantes está o Sobrado do Barão de Aracati, onde funciona o Museu Jaguaribano. O prédio é uma antiga residência construída em estilo Neoclássico. A fachada principal destaca-se pelo revestimento de azulejos portugueses estampilhados e a construção tem:  térreo, três andares e o sótão. Ele é considerado uma das principais peças urbanas do patrimônio histórico e cultural da região Jaguaribana.
No ano de 1968 é criado o Instituto do Museu Jaguaribano e o prédio do Barão de Aracati sempre foi sua sede. Após um período fechado e em restauração pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi reaberto para visitação. Atualmente o acervo flutuante de peças expostas varia entre 2.000 e 3.000 obras e a visitação mensal chega a ser de milhares de pessoas. Quem vai conhecer o Museu Jaguaribano são principalmente estudantes secundaristas e universitários de toda a região, incluindo visitantes do estado do Rio Grande do Norte e Paraíba. Rico em peças históricas, sacras e também com impressionante riqueza arquitetônica ele é objeto de estudo de muitas ciências como: História, Geografia, Arquitetura.
Riqueza e peças únicas
Homenagem ao pianista Jacques Klein
Além de estar instalado em um prédio que mistura a arquitetura e materiais europeus, com matéria prima cearense, exemplo das carnaúbas usadas na estrutura. O Museu Jaguaribano esconde em cada espaço uma variedade de peças e detalhes que contam curiosas histórias. Uma âncora gigante que pertenceu a um navio a vapor naufragado no Fortim, bem como um canhão original da primeira fortificação da região, datado do início do Século XVII e de fabricação espanhola. Os pisos de madeira ainda são originais e as paredes tem afrescos desenhados séculos atrás, na restauração, algumas paredes haviam recebido até 12 camadas de tinta, que foram removidas para a recuperação das ilustrações originais.
Peças clássicas nordestinas do ciclo da cachaça e algodão, que alavancaram a economia do Aracati em outras épocas. A segunda prensa (prelo) de jornais do Ceará também é uma peça de destaque. Aracatienses ilustres como Jacques Klein pianista de fama internacional e o herói abolicionista Dragão do Mar tem seus espaços. Além de importantes intelectuais.
O setor de obras sacras reserva obras de valor inestimável como um oratório com um jesus crucificado esculpido em marfim de rinoceronte. Um ostensório em estilo barroco, mas em vez de esculpido em ouro ou outros metais, como é padrão, ele é esculpido em madeira e pintado, também peça única conhecida no mundo.

Peça sacra furtada é devolvida depois de décadas
Peça sacra que foi usada na Igreja Matriz, recuperada quase 40 anos depois de furtada
Uma peça rara, usada na iluminação, foi furtada da Igreja Matriz e achada, quase 40 anos depois, na cidade de Assis no estado de São Paulo. A pessoa era muito ligada à igreja quando menino e tinha inclusive fotos com a peça, que indicavam marcas únicas e a reconheceu. Ele foi na casa da pessoa que estava com o objeto e a pessoa, após comprovar pelas fotos, devolveu a peça a igreja do Aracati.

Lenda do Beco que se fecha
Detalhe do trilho
Além de preservar a história de forma acadêmica o prédio também é local de uma das lendas mais famosas da cidade. A lenda do “Beco do Museu”, segundo contam, o beco do prédio se fecharia nas madrugadas e pegaria pessoas desprevenidas à meia noite. Essa lenda recebeu um reforço devido aos prédios da esquina serem ligados por um trilho de ferrovia, uma coisa inusitada e até hoje não se sabe a função certa desse trilho, para os entusiastas da lenda o trilho foi instalado para evitar que os prédios se unissem. Conta-se também que um amante o usava para encontrar sua amada, que morava no outro prédio e para isso ia à noite pelo trilho que liga um sobrado ao outro. Muitos alimentam sua opinião/lenda, mas talvez nunca saibamos a verdadeira função da ligação entre os prédios.

SERVIÇO
Rua Cel. Alexanzito, 743.

Reportagem e fotos de Franlima Portela.

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