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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Tuberculose causa duas mortes no CE

Uma das moléstias históricas que assolam o Brasil desde sua colonização, a tuberculose matou 92 pessoas no Ceará só no ano de 2017. O ano de 2018 apenas começou, mas já registra 81 casos da doença entre os dias 7 de janeiro e 3 de fevereiro, além de duas mortes conforme dados da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa).

Ao todo, 40 municípios apresentaram pessoas contaminadas, entre eles Caucaia, Maracanaú, Sobral, Juazeiro, Itapipoca e Maranguape, que, junto com Fortaleza e Crato - que ainda não tiveram registros -, foram selecionados pelo Ministério da Saúde como municípios prioritários no controle da doença, já que correspondem a 67% dos casos do Ceará.
Regular
A enfermidade, que acometeu 3.305 cearenses no ano passado, costuma ser regular durante todo o ano, como informa a epidemiologista e assessora técnica da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde (Coprom), Sarah Mendes. "Primeiro a gente tem que lembrar que a tuberculose é uma doença endêmica que tem se apresentado regular ao longo dos anos, apresentando uma média de 3 mil a 3 mil e 400 casos por ano", explica.
Sarah reporta que o número de casos deste início de ano não pode ser usado como base para indicar uma tendência de aumento nos casos em geral.
Desafios
Um dos maiores desafios para a diminuição dos índices da doença e até da sua erradicação é não terminar o tratamento. "O paciente abandona o tratamento logo que cessam os primeiros sintomas", diz a assessora sobre as dificuldades que surgem a partir da interrupção, como o desenvolvimento da resistência da bactéria à medicação e o retorno da doença de forma mais agressiva, podendo levar ao óbito.
Segundo o médico infectologista e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Anastácio Queiroz, "há um grande número de pessoas que não aderem ao tratamento" além das que interrompem. A complicação é que elas continuam contaminantes, gerando risco para os que estão à sua volta. "Os doentes devem ter consciência que a transmissão se dá pela tosse, no ônibus, em família. O ideal é que ele use um lenço ou as mãos para cobrir a boca, desde que as higienize com álcool depois", diz o médico.

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