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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Ceará gera 773 vagas no turismo; 1º do Nordeste

A despeito das dificuldades enfrentadas durante todo o ano de 2017, o turismo no Ceará ainda conseguiu fechar o ano com bons resultados, inclusive na criação de empregos. No Estado, o número de contratações para funções ligadas à atividade turística foi superior ao número de demissões, gerando um saldo positivo de 773 postos de trabalho. O dado coloca o Ceará como o primeiro do Nordeste e quinto do País em geração de empregos no turismo. Os dados fazem parte de estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O número mostra que o Estado vem crescendo na geração de empregos ligados ao turismo. Em 2015, o Ceará havia encerrado o ano com 1.148 vagas a menos no setor. Já no ano de 2016, o cenário foi revertido e o saldo voltou a ficar positivo, com 306 vagas a mais.
Além do Ceará, o Piauí também teve um saldo de vagas positivo na atividade turística em 2017, encerrando o ano com 498 novos postos, seguido por Maranhão (186) e Alagoas, com 31 vagas geradas. Na ponta contrária, com saldo de vagas de trabalho negativo na atividade turística, aparecem Pernambuco (-509); Rio Grande do Norte (-149); Paraíba e Sergipe, com 146 e 24 postos a menos, respectivamente.
Entretanto, foi o número negativo nas vagas de trabalho do turismo na Bahia que ajudou a puxar para baixo o dado do Nordeste. Em 2017, de acordo com o estudo da CNC, o estado perdeu 1.644 postos. Com isso, a região encerrou o ano passado com baixa de 984 vagas de emprego, terceiro pior resultado entre as do País.
Sudeste
O pior saldo ficou por conta da região Sudeste, que perdeu, em 2017, 11.911 vagas. Também apresentou resultado negativo no ano passado o Norte, que perdeu 1.912 postos. Na outra ponta, tiveram saldo positivo o Centro-Oeste (1.265) e a região Sul, com 852 vagas a mais.
Por estado, apresentaram bons resultados São Paulo (7.481 postos criados), Goiás (1.864 vagas), Paraná (1.301) e Santa Catarina (1.092). Ainda assim, a nível nacional, 12.690 vagas de emprego formal foram fechadas em 2017. Os dados negativos foram puxados pela crise no Rio de Janeiro, onde foram fechados 19.628 postos. Para a CNC, "a violência e a crise financeira no Estado constituíram os fatores adicionais que vêm afetando o turismo no Rio".
Hospedagem e alimentação
O estudo também mostra que os segmentos que mais sustentaram empregos formais no turismo foram os de hospedagem e alimentação. O contingente de pessoas ocupadas formalmente no turismo encerrou 2017 em 2.921.314. Desse total, 65,3%, ou 1.907.086 de trabalhadores estavam no segmento de hospedagem e alimentação.
"As atividades inerentes ao turismo vêm sendo afetadas pelas condições da economia, como a queda da procura. Os ajustes orçamentários e as escolhas que as famílias realizaram nos últimos anos devido ao desemprego e à alta dos preços e dos juros atingiram, sobretudo, os ramos das atividades econômicas ligados ao lazer e às necessidades secundárias", diz a nota da CNC.
Opinião do especialista
Estratégias para manter vagas
Logo após o período do Carnaval, a gente entra na baixa estação. Então, existe um esforço muito grande do setor para preservar os postos de trabalho, porque são pessoas já treinadas, já existe a empatia entre a equipe. É o time da gente, que a gente segura. Para isso, a gente acaba baixando os nossos preços, fazendo parcerias, por exemplo, com a CVC, com pacotes promocionais e abdica do nosso lucro. Além disso, nós temos um turismo mais estruturado, com a promoção do destino por parte do Governo do Estado, o que impactou em melhoria para a ocupação hoteleira e mais postos de trabalho. Eu acredito que este ano de 2018 vai ser um ano bem turístico, com o hub da Air France-KLM, administração da Fraport no Aeroporto Pinto Martins, e isso tudo vai impactar positivamente no setor. Este ano vai ser do turismo, que é a nossa vocação econômica.
Darlan Leite
Vice-presidente da ABIH-CE

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