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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Perfurações de poços aumentam 41% em 3 anos

Devido aos efeitos da estiagem nos últimos anos no Ceará, o Estado continua investindo em alternativas para diminuir a dependência das chuvas. Dentre elas, a perfuração de poços tem sido uma das principais estratégias adotadas pelo Governo para atender a atual demanda, principalmente no Interior.

Segundo a Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), somente nos último três anos, de 2015 a 2018, o órgão construiu 4.598 poços em todo o Estado. O número representa 41,4% de todas as unidades perfuradas pela Sohidra nos seus 30 anos existência, no qual que já atingiu um total de 11.089 equipamentos.
"Essas perfurações fazem parte do maior programa de construção de poços já visto no Ceará, compõe o Plano Estadual de Convivência com o Semiárido, criado no início de 2015", enfatiza Yuri Oliveira, superintendente da Sohidra. Ele destaca, ainda, que a medida tem garantido hoje o abastecimento de cidades inteiras com água subterrânea e que, em 2018, o órgão tem capacidade de construir pelo menos 3 mil unidades, caso necessário.
O gestor estipula que cada poço custa em média R$ 12 mil aos cofres públicos e pode ser entregue em até quatro dias. "Dependendo da vazão, pode abastecer mais de 50 famílias. Por conta da seca, as perfurações ultrapassaram nossas expectativas em relação ao que estava programado. Estamos dando ênfase às regiões mais afetadas. Em todas essas operações, não há água perdida. Quando esses pontos apresentam baixa vazão, por exemplo, instala-se chafariz", complementa o gestor.
Ranking
Boa Viagem, no Sertão de Canindé - já recebeu mais de 200 poços na busca pelo mínimo de vazão que garanta o abastecimento. O Município lidera o ranking no Estado, em número de perfurações nos últimos três anos. Em Pedra Branca, em virtude das baixas vazões encontradas nos poços construídos, uma rede adensada de chafarizes foi montada na malha urbana da cidade.
Capital
Já na Capital, a maioria dos poços existentes é de reativações realizadas no ano de 2016, com um total de 158. Já de 2015 a 2018 Fortaleza recebeu 234 intervenções, destas, 51 foram reativações. "A logística de perfurar em Fortaleza é complicada. Além da salinidade, há também probabilidade de comprometer as estruturas urbanas. Por isso, esse tipo de demanda é realizado mais na Região Metropolitana, como por exemplo, no Pecém e na Taíba, que têm rede de água integrada com Fortaleza", explica Yuri Oliveira.
Para regiões onde a água subterrânea não é própria para consumo humano, a instalação de sistemas de dessalinização foi a saída adotada para evitar o desabastecimento. Nesses últimos três anos, 372 comunidades passaram a ter água potável graças à instalação de dessalinizadores.

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