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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

70% dos consumidores pretendem gastar mais

São Paulo. Quase 70% dos consumidores pretendem ir às compras na Black Friday deste ano, marcada para a última sexta-feira do mês. Além da intenção de compra ser elevada para uma economia que está saindo da recessão, a pretensão de gasto com a aquisição de produtos em promoção, especialmente eletrônicos, também chama a atenção. Neste ano, a intenção de desembolso é, em média, de R$ 713, aponta uma pesquisa nacional da consultoria GFK, em parceria com a Vivo ADS.

"Esses resultados dão uma pista de que a Black Friday vai ser muito boa", afirma Gisela Pougy, diretora de Negócio da consultoria. Em relação ao gasto médio do ano anterior, o aumento é de quase 10%. A comparação considera o valor médio das compras online apurado em 2016 pelo Ebit, empresa que acompanha o comércio eletrônico, já que é primeira pesquisa desse tipo da GFK.
Magazines especializados em eletroeletrônicos, como Lojas Cem e Ricardo Eletro, esperam crescimento de vendas na faixa de 20% em relação à data de 2016. Na rede de hipermercados Extra, do grupo GPA, a expectativa é de aumento de dois dígitos nas vendas de eletrônicos, aparelhos de vídeo e telefonia, segundo o diretor comercial, Renato Giarola.
O otimismo do varejo e da indústria para a Black Friday numa economia com cerca de 12 milhões de desempregados se baseia nos trabalhadores que continuam trabalhando formalmente, que somam 48,1 milhões. Conforme observa Giovanni Marins Cardoso, sócio-fundador da Mondial, fabricante de eletroportáteis, com o recuo das demissões e algumas empresas voltando a contratar, os brasileiros que estão empregados ficaram mais seguros para gastar. "A retomada está baseada diretamente nisso", diz.
A categoria de eletrônicos é a campeã das intenções de consumo na Black Friday, com 68% das declarações, aponta a pesquisa. Segundo Gisela, a alta intenção de consumo é racional e orientada para preço.
Mais da metade (58%) dos entrevistados disse que pretende comprar o que precisa pagando menos e 21% informaram que querem antecipar a compra de Natal.
Natal
O foco nos descontos está provocando a antecipação das vendas de Natal. Nos produtos mais caros, como eletrônicos, eletrodomésticos, celulares e itens de informática, as vendas da Black Friday já ultrapassaram as do Natal, indicam dados do comércio online e lojas físicas monitorados pela GFK, que representam 80% do varejo.
Gisela diz que, em 2016, pela primeira vez a venda da Black Friday passou a do Natal para esses produtos. Considerando o faturamento desses itens no trimestre novembro e dezembro de 2016 e janeiro de 2017, de R$ 28,7 bilhões, a data respondeu por 38%, o Natal por 29% e os saldões de janeiro por 33%.
"Antes a grande venda do varejo ocorria entre 20 e 24 de dezembro. Hoje a explosão é nos três dias da Black Friday", afirma Ricardo Nunes, presidente da rede Ricardo Eletro.

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