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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Pós-estação chuvosa no CE tem desvio positivo em 2017

A pós-estação chuvosa no Ceará, compreendida entre os meses de junho e julho, registrou um desvio positivo de 3,7% do habitual em 2017, de acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). O volume observado durante esse período foi de 54,8 milímetros, enquanto que a normal climatológica é de 52,9 milímetros. Apesar da diferença, o registrado é considerado dentro da média histórica.

O total, no entanto, foi bem mais expressivo que o acumulado no Estado no ano passado, quando choveu apenas 18,7 milímetros nos dois meses, ou seja, um crescimento de 193% no comparativo entre os dois anos. O impacto causado pelo fenômeno chamado Ondas de Leste, na análise da Funceme, foi a razão do volume registrado este ano.
O sistema, que acontece a partir de distúrbios na área de atuação dos ventos alísios próximos à Linha do Equador, atinge o Leste da região Nordeste e geralmente chega ao Ceará quando ocorre em grande intensidade, segundo explica o meteorologista da Funceme Raul Fritz. "É um sistema muito variável, que muda muito ano a ano. Neste ano aconteceram instabilidades atmosféricas vindas do leste do Nordeste e chegou a ter esse desvio positivo, mas infelizmente não significativo para se resolver uma crise hídrica", comenta.
No início de junho, o volume total dos 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) apresentavam volume total de 2,35 bilhões m³, o que representa 12,6%, passando para 12,1% no fim de julho. O resultado é fruto de uma má distribuição espacial, que deixou de fora reservatórios importantes para o Estado. Atualmente, o acumulado apresenta apenas 11,4% da capacidade total dos açudes.
Quando ocorre o fenômeno Ondas de Leste no Estado, destaca Fritz, as regiões mais beneficiadas são o Norte e o Sul, ou seja, compreendendo principalmente o litoral e a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), além da região Jaguaribana. No pós-estão deste ano, o Maciço de Baturité e o Litoral de Fortaleza, com médias respectivas de 147 mm e 120mm, ficaram dentre as macrorregiões com maiores volume de chuvas registrado.
2º semestre
No calendário pluviométrico do Estado, o 2º semestre do ano em quase nada pode contribuir para uma reversão do quadro de estiagem. A incidência de precipitações acontecerão, de acordo com Raul Fritz, por instabilidades atmosféricas ao longo do litoral, porém em pouca quantidade. "Em dezembro, podem ocorrer precipitações no Cariri e na região do Alto Jaguaribe, mais ao sul do Estado, por influência de chuvas que vêm do sul do Nordeste, resto de frentes frias que chegam na Bahia e, às vezes, influenciam no Ceará", explica.

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