Seja bem vindo...

Páginas

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Ceará reduz Índice de Vulnerabilidade Social

O Ceará avançou em uma faixa do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) no período entre 2011 a 2015. Os dados são do relatório lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira (23).
Em 2011, o Estado apresentava IVS de 0,304, indicando nível 'médio' quanto à condição de fragilidade dos indivíduos diante de riscos produzidos pelo contexto econômico-social, considerados excluídos socialmente.

 Já em 2015, houve uma redução de cerca de 6%, ou seja, passou para 0,286, ficando na categoria 'baixa'. O IVS é composto pela média aritmética de 16 indicadores divididos em três dimensões: Infraestrutura Urbana, Capital Humano e Renda e Trabalho, as quais compõem o cálculo final do IVS com o mesmo peso.
Os valores apresentados pelo Índice variam entre 0 (menor situação de vulnerabilidade) a 1 (máxima situação de vulnerabilidade) e são compreendidos como muito baixa vulnerabilidade social (valores entre 0,000 e 0,200), baixa (entre 0,201 e 0,300), média (entre 0,301 e 0,400), alta (0,401 e 0,500) e, por fim, muito alta quando apresentam valores entre 0,500 e 1.
No Nordeste, o Ceará apresentou o 2º melhor resultado, ficando atrás somente do Piauí, que apresentou IVS de 0,285. Além disso, somente os dois estados e Bahia avançaram para nível baixo para vulnerabilidade social. Os demais estados ficaram ou evoluíram para o nível médio.
A pior situação da região foi verificada no Maranhão, que apresentou IVS 0,353, mesmo obtendo a maior redução percentual. O estado era o único do Nordeste que, em 2011, estava na faixa de 'alta' de vulnerabilidade social.
Macrorregiões
De acordo com o Ipea, a tendência de diminuição da vulnerabilidade se mantém entre 2011 e 2015, mas alguns pontos merecem destaque. Ao contrário do observado entre 2000 e 2010, em que a região Sul foi a que mais melhorou seus dados de vulnerabilidade, quando se analisa os dados da Pnad entre 2011 e 2015, essa região reduziu apenas em 2% sua vulnerabilidade, ao passo que o Norte e Sudeste alcançaram redução de mais de 10%, seguidos do Nordeste (8%) e Centro-Oeste (5%).
Os dados apresentados pela região Sul se devem, sobretudo, à dimensão Infraestrutura Urbana - que reflete as condições de acesso a serviços de saneamento básico e de mobilidade urbana. No ano de 2015, percebem-se dois extremos: enquanto a região Sul teve aumento nessa dimensão em 36%, a região Nordeste conseguiu diminuir sua vulnerabilidade em 37%. Segundo Bárbara Marguti, coordenadora técnica do Ipea, "é possível perceber que as políticas de redução da desigualdade no Norte e Nordeste parecem ter mais sustentação nesse período de inflexão que as implementadas no Sul do país".
RMs
Entre as nove Regiões Metropolitanas que tiveram IVS calculado para o período de 2011 a 2015 - Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo -, além da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, o pior desempenho foi a de Recife.
Naquela área de Pernambuco foi registrado crescimento de 16% na vulnerabilidade social. Junto a São Paulo (2,4%) e Porto Alegre (0,4%), Fortaleza também teve alta de 3,9% também tiveram piora no IVS. Os melhores resultados no período de cinco anos foram de Salvador (-15,5%), Belém (-14,3%) e Belo Horizonte (-10,9).
O que chama atenção é que a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), de 2000 a 2010, havia registrado a maior redução de vulnerabilidade no período anterior, que foi de 28%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário