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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Desembarque é crescente, diz Tasso

Brasília. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse, ontem, que é crescente o movimento de "desembarque" da sigla do governo de Michel Temer. "A posição do partido é cada vez mais clara. Não dá para controlar, as coisas vão acontecendo", disse.
Para o tucano, um dos principais defensores de que sejam devolvidos cargos e ministérios ao Palácio do Planalto, a tendência de saída do governo é crescente. "O posicionamento é por desembarque, não de oposição ao governo", afirmou.

Para exemplificar os "fatos" que demonstram essa movimentação, Tasso cita a análise da denúncia contra Temer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. Ele diz que o PSDB não controla a forma como seus deputados vão se posicionar sobre o caso. "A grande maioria já está se posicionando", comenta.
O STF (Supremo Tribunal Federal) só poderá analisar a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Temer, que o acusa de ter cometido crime de corrupção passiva, se houver uma autorização prévia da Câmara. O caso será analisado pela CCJ da Casa e, posteriormente, pelo plenário, onde são necessários 342 votos para o avanço do processo.
Próxima semana
Segundo tucanos ouvidos, a bancada do partido no Senado também já tem uma maioria pró-desembarque. Tasso afirmou ainda que o partido deve ter uma posição "definitiva" sobre a presidência até o fim da semana.
Ele assumiu interinamente o comando do PSDB em maio. Após decisão do STF afastá-lo do mandato de senador, Aécio decidiu se licenciar do cargo. Com a volta de Aécio às atividades políticas, após decisão do STF da última sexta (30), o comando do PSDB terá de ser redefinido.
"A decisão será dele porque é ele que tem o mandato", disse Tasso. "Até o fim da semana isso deve ser decidido, ele já terá organizado a casa", disse.
O timing para o desembarque será após a votação da Reforma Trabalhista no Senado e a votação da denúncia na CCJ da Câmara, ambas previstas para a próxima semana.
Pelos cálculos do Planalto, o presidente teria 30 de 66 votos na CCJ, menos do que a maioria simples de 34 votos para aprovar um relatório favorável ou derrubar um desfavorável a ele.

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