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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Valor da exportação de calçados sobe 6,7% no CE

As vendas de calçados brasileiros para o exterior apresentaram aumento em 2016, em comparação com 2015. Para 2017, as projeções são de resultado um pouco diferente. Nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil exportou 39,67 milhões de pares que geraram US$ 338,27 milhões, queda de 1,5% em pares e alta de 14,4% em dólares gerados na relação com igual período do ano passado.

Já o Ceará comercializou 14,78 milhões de pares (37,3% do total) por US$ 40,7 milhões (25% do total), queda de 3,2% em pares e alta de 6,7% em dólares na relação com igual período de 2016. Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, o setor vive "situação de fim de um período de dificuldades".
Em 2016, o Brasil exportou 126 milhões de pares que geraram US$ 999 milhões, altas de 1,7% e 4%, respectivamente, no comparativo com 2015. O Ceará, segundo maior exportador de calçados do Brasil em dólares gerados (atrás do RS), vendeu48,3 milhões de pares que geraram US$ 270,77 milhões, queda de 4,7% em pares e alta de 3% em dólares na relação com 2015. O Estado participou com 38,3% dos pares exportados pelo Brasil e 27% em valores gerados.
Competitividade
"Estamos hoje com uma dificuldade de competir no mercado internacional pela cotação do real em relação ao dólar, criando dificuldade de formação de preço competitivo. Nós tivemos, no primeiro trimestre deste ano, uma reação interessante nos volumes de embarque para o exterior e também no valor, por conta de negócios que foram fechados em agosto ou setembro do ano passado. A partir de agora, deverá acontecer uma queda nos embarques, e isso só poderá se recuperar no momento em que tivermos uma melhora cambial", afirma Klein.
Ele explica que, com o aumento dos custos de produção e a variação das moedas brasileira e estadunidense, fica difícil aos fabricantes oferecerem valores competitivos aos compradores.
"A formação de preços fica dificultada, o que gera todo esse nível baixo de embarque para o exterior. Não existe previsão de que, no curto ou médio prazo, o dólar tenha uma variação significativa. E não se pode crer que as medidas estruturais no Brasil estejam completas a ponto de produzir impacto importante no custo estrutural", destaca.
Contudo, Klein observa que o pior já passou e, o que o setor vivencia, são resquícios da crise que o País vem atravessando nos últimos anos. Todo o cenário gerou, por exemplo, demissões nas fábricas.
Recuperação
"Estamos agora numa situação de fim de um período de dificuldades na economia nacional, pois nas últimas quatro temporadas, tivemos dois anos de queda muito forte na demanda nacional e, salvo alguns picos, como foi o primeiro trimestre desse ano, queda nos embarques de calçados para o exterior. Isso tem um impacto muito forte nas atividades das empresas, gerando inclusive perdas, dispensa de funcionários. Nosso contingente normal, até 2010, 2011, no primeiro semestre, era de cerca de 350 mil funcionários diretos ativos no setor calçadista. Atualmente, estamos com cerca de 300 mil", informa.
Segundo a Abicalçados, o calçado brasileiro, atualmente, é exportado para mais de 150 destinos, sendo os principais EUA, Argentina, França e Paraguai. Os principais exportadores do Brasil são Rio Grande do Sul (que responde por cerca de 45% do faturamento gerado pelos embarques), Ceará e Paraíba.
Participação estadual
Em 2015, o Ceará respondeu por 28% da produção do País (264,8 milhões de pares). Os Estados do Nordeste, juntos, responderam por 58% do total.
Em 2016, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de calçados total do Brasil caiu cerca de 2%, sendo que o Ceará, possivelmente, tenha repetido esse quadro, conforme a projeção da Associação.
Já as importações de calçados apresentou recuo de em 2016. Naquele ano foram importados 22,7 milhões de pares por US$ 343,7 milhões, números inferiores tanto em volume (-31,6%) quanto em pares (-28,8%) na relação com 2015. As principais origens dos produtos foram Vietnã, Indonésia, China e Itália.

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