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terça-feira, 6 de junho de 2017

Entidades civis e públicas ampliam combate ao Aedes

Um dos males que mais castigam a população de Fortaleza e de todo o Estado do Ceará, a chikungunya se destaca em número de casos graves entre as viroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Até o mês de maio, 15.538 casos foram confirmados nos bairros da Capital, dos quais 17 levaram as vítimas à morte - e mais 49 óbitos permanecem sob investigação, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). 
Durante todo o ano de 2015, apenas 16 casos foram registrados, contra 17.384 em 2016 - número quase atingido em apenas cinco meses, neste ano.

Diante do cenário epidêmico preocupante, comércios, escolas e universidades públicas têm intensificado o combate ao vetor dos vírus, numa tentativa de estancar o crescimento desenfreado das arboviroses. O impacto do problema de saúde pública, que afeta populações de todas as idades, tem despertado também a atenção do comércio - setor que, como alerta o coordenador do Núcleo de Vigilância em Saúde da SMS, Nélio Morais, “é um dos mais afetados e paga um preço caro”. 

A preocupação é compartilhada pela coordenadora da Faculdade CDL, Meirejane Anastacio, que afirma que “os quadros de funcionários estão bastante afetados, já que os sintomas da enfermidade podem durar meses”. 

Nesse sentido, a Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) tem buscado mobilizar os setores de Recursos Humanos dos comércios, com o objetivo de orientar prevenção e tratamento principalmente da chikungunya. “O quadro é alarmante, então é importante sabermos o que cada empresa está fazendo para ajudar os funcionários e disseminar as medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti”, ressalta a coordenadora.

Nesta quarta-feira (7), a instituição realizará uma palestra sobre as características, prevenção e tratamento da chikungunya, em parceria com técnicos da SMS. Durante o evento, será apresentado ainda um repelente natural utilizado em uma empresa de Fortaleza.


Instituições


Outros espaços que concentram grande parte da população da Capital são as instituições de ensino, tanto públicas como privadas, locais em que a Secretaria da Saúde também tem atuado de forma constante, conforme afirma Nélio Morais. 
“Formamos brigadas que, a cada semana, têm obrigação de limpar e eliminar criadouros nas escolas de Fortaleza. Existe um comitê intersetorial em que as instituições, junto às secretarias de Saúde e Educação, discutem o problema e o que podem fazer, na prática, para minimizá-lo”, afirma Nélio Morais.
Uma das medidas destacadas pelo coordenador no combate à proliferação do Aedes aegypti e, consequentemente, das arboviroses, é o aplicativo “Aedes em Foco”, por meio do qual a população pode informar sobre a localização de focos em casas, prédios e condomínios, facilitando as ações de combate da SMS. A ferramenta foi desenvolvida pelo Laboratório de Mídias Eletrônicas (LME) da UFC e coordenado pelo infectologista Ivo Castelo Branco, e está disponível para download em smartphones Android e iOS.
“Temos cerca de 50 mil funcionários, estudantes e professores, uma coletividade que deve se organizar como possível agente preventivo dessas doenças. Fizemos uma série de palestras para equipes, para identificarmos lixo e acúmulo de água nas calhas, atentar aos focos na Universidade e expandir o conhecimento também para fora dela”, declara a pró-reitora de Extensão da UFC, Márcia Machado, que coordena as estratégias de prevenção das arboviroses “a curto, médio e longo prazo”.


Acupuntura


Além da prevenção, uma ação voltada ao tratamento de vítimas das dores causadas pela chikungunya, por meio da técnica de acupuntura, é ofertada gratuitamente à população pelo Departamento de Fisioterapia da UFC, serviço pensado para a população de áreas próximas ao Posto de Saúde Anastácio Magalhães, no bairro Rodolfo Teófilo. 

A instituição de ensino superior disponibiliza ainda um portal (www.aedes.ufc.br) com materiais prontos e gratuitos para realização de palestras, informações atualizadas sobre as arboviroses e instruções de combate ao mosquito Aedes aegypti, que, como ressalta o técnico de Vigilância em Saúde, deve ser conjunto. “É necessária uma concentração enorme de esforços para que, já neste mês, possamos ter uma diminuição significativa do número de casos. E isso só pode acontecer se todos estiverem atentos e forem responsáveis pelo combate ao mosquito”, alerta. (
Colaborou Theyse Viana)

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