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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Mundo pode sofrer sabotagem digital

Amsterdã/Haia. O mundo pode sofrer em breve um "ato grave de sabotagem digital" que pode provocar "caos e desordem", advertiu, ontem, o responsável dos serviços secretos holandeses, Rob Bertholee.
A sabotagem de infraestruturas de alta importância "é o tipo de coisa que pode impedir uma pessoa de dormir", declarou Bertholee em uma conferência sobre cibersegurança em Haia.

As ameaças de ciberataques "não são imaginárias, estão em toda parte", indicou o diretor dos serviços secretos holandeses (AIVD) durante este encontro de dois dias organizado pelo governo holandês.
"Na minha opinião, podemos estar muito mais próximos de um ato grave de sabotagem digital do que muita gente imagina", alertou, enquanto os especialistas em segurança informática lidam com as consequências do ciberataque mundial sem precedentes lançado na sexta-feira.
Bertholee lembrou, entre outros casos, que a maior companhia petrolífera da Arábia Saudita sofreu um ataque informático em 2012 e que, três anos depois, as empresas elétricas ucranianas foram vítimas de um ataque cibernético que provocou cortes de eletricidade durante horas.
As infraestruturas do mundo inteiro estão interconectadas, o que fornece grandes vantagens, mas também implica debilidades, afirmou Bertholee.
"Imaginem o que poderia acontecer se todo o sistema bancário sofresse uma sabotagem por um ou dois dias, ou inclusive uma semana. Ou se ocorresse uma avaria em nossa rede de transportes. Ou se os controladores de tráfego aéreo fossem vítimas de ciberataques enquanto dão instruções de voo. As consequências seriam catastróficas", disse Bertholee.
Para o especialista, "a sabotagem de um destes setores poderia ter importantes repercussões públicas, provocando confusão, caos e desordem".
A Europol, agência de polícias do continente europeu, afirmou que é "muito cedo" para especular sobre os autores do ciberataque mundial após a descoberta de um provável vínculo com a Coreia do Norte.
"Estamos dispostos a investigar todas as pistas, mas não especulamos e não podemos confirmar", disse Jan Op Gen Oorth, porta-voz da Europol.

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