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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Ceará lança Atlas da Mineração para atrair investidores

O setor mineral cearense ganha amanhã (1º) mais uma ferramenta para dar impulso à atração de empreendimentos ligados à construção civil, agronegócio e indústria de transformação. Trata-se do Atlas da Geologia e Mineração do Estado do Ceará. A novidade, lançada pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), será apresentada na abertura da terceira edição da Fortaleza Brazil Stone Fair, que acontece de 1º a 3 de junho, no Centro de Eventos, na Capital.

De acordo com a presidente da Adece, Nicolle Barbosa, a elaboração do mapa é uma maneira de estimular novos investidores que buscam informações sobre geologia, mineralogia e dimensões de ocorrências e de jazidas. "Assim, podemos mostrar, por meio de números, todo o potencial mineral existente em território cearense. É um estímulo para a implantação de minas mais competitivas, gerando novas oportunidades de trabalhos e de riqueza no Ceará", avalia.
Conforme o coordenador do projeto e engenheiro de minas da Adece, Francisco Pessoa, a ferramenta é interativa e possui ainda "títulos minerários (licenciamentos, portarias de lavras), reservas aprovadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e indicadores das produções minerais do Estado, além de informações sobre malha viária, recursos hídricos e linhas de transmissão".
Jazidas
A existência de grandes jazidas e minas, assim como os dados das produções, são destacadas no Atlas. As pedras de calcários para fabricação de cimento, corretivos de solo, tintas e óxidos e hidróxidos da região Noroeste do Estado (Formação Frecheirinha), da região Sul (Formação Santana do Cariri) e Chapada do Apodi (Região de Jaguaruana - Tabuleiro do Norte) também são outras riquezas cearenses pontuadas no mapa.
Conforme dados do Anuário Mineral do Estado, no ano de 2013, o setor mineral do Ceará foi responsável por uma produção de 18,48 milhões de toneladas, entre 18 substâncias minerais. Dentre elas, destaque para minério de ferro, areia, areia industrial, quartzo, argilas comuns, tufo vulcânico, calcário, magnesita, gipsita, rochas britadas/cascalho, rochas ornamentais (granito, gnaisse, mármores, calcários traquito e quartzito), saibro, sal marinho e filito.
Novos negócios
O Ceará vem se consolidando como terceiro maior exportador de rochas do Brasil. As perspectivas são de ampliação, conforme Nicolle Barbosa. "Além dos dados consolidados para embasar o investidor a partir do lançamento do Atlas, o Ceará conta ainda com os incentivos proporcionados pela nossa Zona de Processamento de Exportação (ZPE)".
O Estado deve consolidar sua posição, principalmente, com a chegada das primeiras empresas na ZPE. Até o fim do ano, ela deve ter sua primeira empresa do setor produzindo e exportando, segundo Carlos Alencar, presidente do Sindicato da Indústria Mármores Granitos do Estado do Ceará (Simagran-CE).
A expectativa é que no segundo semestre de 2018, outras duas empresas comecem a operar na ZPE. "Quando essa primeira empresa começar a operar, ela irá desencadear um processo que deve atrair muitas outras empresas, até porque, hoje, a instalação é rápida. Além disso, o nosso setor é francamente exportador, com algumas empresas exportando mais de 90% da produção", observa Alencar.
"O fato é que no Ceará, com a ZPE, a gente conseguiu criar esse ambiente de negócios favorável". Hoje, o setor estima que sua capacidade produtiva instalada no Estado comercialize cerca de R$ 500 milhões por ano, liderando as exportações no Nordeste. O Ceará exportou em 2016 cerca de R$ 26 milhões, atrás do Espírito Santo (R$ 800 milhões) e Minas Gerais (R$ 200 milhões).

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