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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Cadeia produtiva de flores do CE fatura mais no Dia das Mães

As vendas de flores e plantas ornamentais devem crescer 15% nesta época do Dia das Mães, em relação a igual período do ano passado, segundo dados da Associação dos Produtores de Flores e Plantas Ornamentais do Ceará (Floresce). Para toda a cadeia produtiva, a data é uma das mais importantes do setor pelo alto consumo dos produtos.

Para a Rosas Reijers, que possui uma fazenda em São Benedito, o cenário é favorável nesta época. A empresa espera faturar 20% a mais no Dia das Mães em 2017, em comparação com a data de 2016. O diretor de produtos da empresa, Gustavo Franco, afirma que, além do faturamento, a companhia fez investimentos para aumentar em até 25% a área de plantio de rosas, o que repercute em crescimento de 30% na produção.
"Essa é a data comemorativa mais importante para a empresa. A gente fica um pouco apreensivo por causa da crise econômica, mas as expectativas são as melhores possíveis. Todos os indícios são positivos. Nós esperamos vender 100% da produção nesta época do ano", afirma Gustavo Franco.
Os aportes nas duas fazendas da empresa (uma no Ceará e outra em Minas Gerais) foram direcionados para a melhoria das técnicas de plantio, mudas e material genético.
Consumo
Apesar do cenário de crise econômica ainda estar em vigor no País, por conta do Dia nas Mães, os consumidores estão mais propensos a gastar, mesmo que seja um valor menor do que em anos anteriores. E as flores são a escolha de muitas pessoas, pois elas são presentes que mexem com a emoção e também com os sentimentos das mães.
"As plantas e as flores representam uma forma de carinho e amor. É o presente mais simbólico e que expressa os melhores sentimentos", diz o presidente da Floresce, Gilson Gondim. "Além disso, o País está dando sinais de recuperação econômica e normalmente o Dia das Mães, como o Dia da Mulher e Dia dos Namorados, é muito significativo", acrescenta.
Per capita
O consumo de flores se popularizou no Brasil, e isso devido aos indicadores socioeconômicos, melhorias no sistema distributivo e da expansão cultural. Agora, as flores são consideradas um produto conectado à qualidade de vida, bem-estar e reaproximação da natureza.
Entretanto, o consumo per capita no País ainda é baixo quando comparado à Europa. No Brasil, as vendas se concentram em 40% para ocasiões especiais, 20% como presentes e 40% para uso próprio. Entre as capitais brasileiras que mais consomem flores, estão São Paulo (45%) e o Distrito Federal (42%), segundo informações divulgadas pela empresa Rosas Reijers.
Incremento na produção
De acordo com Gilson Gondim, os produtores de flores e plantas ornamentais se programam com antecedência para duplicar a produção neste período do Dia das Mães. Para isso, algumas empresas aumentam a contratação de mão de obra. Entretanto, o incremento maior se dá na ponta da cadeia, como no setor de logística e nas floriculturas.
"Na planta de produção, a maioria se prepara antes e praticamente não tem incremento significativo na contratação. Por outro lado, para atender à alta demanda do mercado, lojas, supermercados, pontos de vendas, transporte, entre outros, empregam mais", observa Gondim.
Novidades
A Rosas Reijers está lançando novidades para a data. Entre as rosas, uma nova técnica de tingimento promete atrair atenções e impulsionar as vendas. Através do recurso para tingir as plantas, o consumidor terá à disposição as rosas azuis e negras, e ainda poderão compor um buquê de flores com gipsofilas coloridas (que naturalmente é produzida apenas na cor branca).
"O mercado florista estava carente de produtos inovadores, que chamassem a atenção do público. Os decoradores, por exemplo, terão um universo de oportunidades para alavancarem suas vendas nesta data festiva. Com um leque de opções em rosas, eles poderão criar diversos artigos para entregar aos seus clientes, sobretudo, quem trabalha de forma personalizada", completa o diretor de produtos da Rosas Reijers, Gustavo Franco.
Estabilidade
Já para a Cearosa, apesar das boas expectativas para as vendas deste ano no Dia das Mães, o volume ainda está aquém do registrado em anos anteriores. De acordo com a diretora comercial Gabriela Selbach, a crise econômica afetou o mercado, e a produção de flores de corte ficou estável. Segundo ela, neste ano, a Cearosa não aumentou a produção para atender à demanda do Dia das Mães. A empresa possui uma fazenda de 13 hectares na cidade de São Benedito.
Impostos
Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostrou que os presentes para a data têm até 78% de impostos embutidos. No caso do buquê de flores os tributos chegam a 17,71%.

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