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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Baixo índice de vacinação contra a gripe preocupa

O Ceará é um dos estados que vem preocupando o Ministério da Saúde pelo baixo índice de imunização contra a gripe. Por volta das 19h de ontem, apenas 27% do público-alvo recebeu a dose no Estado, conforme dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI). De um total de cerca de 1,9 milhão de pessoas, apenas 500 mil foram vacinadas durante mais da metade do período da campanha, que começou no dia 17 de abril e vai até 26 deste mês.

Entre os públicos-alvo no Estado, os trabalhadores de saúde registraram a maior cobertura vacinal, com 39,1 mil doses aplicadas, o que representa 28,2%. Em segundo, estão as gestantes (25,5%), indígenas (21,6%) e puérperas (20,9%). Os grupos que menos se vacinaram são os idosos (18,8%), professores (16,2%) e crianças (15,6%).
Os motivos para esses baixos índices de imunização vão desde a falta de preocupação com a gripe por desconhecimento da doença à dificuldade de acesso da população aos postos nos dias úteis, conforme explica a coordenadora de promoção e proteção à saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Daniele Queiroz.
"As doenças imunopreveníveis sofrem com o excesso da própria estratégia de vacinação, pois elas deixam de acontecer nas comunidades e o pessoal deixa de se preocupar porque não conhece mais. Além disso, a mãe de hoje tem uma carga horária extensiva de trabalho, não tem acesso ao posto de saúde nos horários para vacinar, e por isso existe a estratégia do dia D, que acontece aos sábados", diz.
Além disso, este ano, a meta aumentou de 80 para 90%. Em 2016, somente após a prorrogação da campanha a meta foi batida, e o Ceará atingiu 83,6% do grupo prioritário. Ainda segundo Daniele, a meta aumenta por conta da evolução da vacina ao longo dos anos, que vai incluindo cada vez mais diferentes grupos prioritários. "Cada ano é um novo desafio e fica mais difícil alcançar. Isso tem um nível maior de complexidade até que a cobertura seja atingida"
A gerente de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Vanessa Soldatelli, cita também que o fato da campanha ter começado muito antes do dia "D" também atrapalhou a estratégia de imunização. "O dia que a gente vacina mesmo, que as pessoas realmente procuram, é a semana antes e depois do dia "D", explica.
Outro fator citado por Vanessa foram os numerosos quadros de zika, dengue e chikungunya no Ceará. As doenças interferem no processo de vacinação quando o quadro é mais grave, pois é preciso esperar 15 dias para se vacinar. Apesar desses fatores, ela acredita que a previsão para os próximos dias de campanha é positiva. "Agora, a gente acredita que as pessoas comecem a procurar mesmo".
Dia D
O dia "D" de vacinação acontece neste sábado (13). Todos os postos de saúde do Ceará estarão abertos, das 8h às 16h30. Além disso, na Capital, serão instalados mini postos e equipes volantes de imunização em pontos estratégicos, e mais de três mil pessoas serão mobilizadas para que o máximo de pessoas possa receber a proteção contra os vírus da gripe. O titular da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Henrique Javi, afirma que a cobertura vacinal nas diferentes regiões do Estado é homogênea, mas reforça que é extremamente necessário o engajamento da população neste momento.

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