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terça-feira, 23 de maio de 2017

Arboviroses estão em 178 municípios do Ceará

A expansão das arboviroses está cada dia maior no Ceará. O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), da 20ª semana do ano, aponta que a distribuição dos casos de dengue, zika e chikungunya ocorre em todas as faixas etárias, porém, com maior número entre adultos jovens e pacientes do sexo feminino. A incidência de casos notificados para as doenças é de 943,5 por 100 mil habitantes, distribuídos em 178 municípios cearenses dos 184.

O dado é o equivalente a 96,7% do território do Estado. O documento da Secretaria da Saúde trata a situação das cidades como "cenário epidêmico".
Analisando os dados epidemiológicos das três doenças nas últimas cinco semanas, observa-se que 30,4% (57/178) dos municípios das cinco Macrorregiões do Estado apresentam incidências maiores que 300 casos por 100 mil habitantes. Quanto à taxa de confirmações, destacam-se os municípios que pertencem à Macrorregião de Fortaleza, predominando a transmissão de febre chikungunya e dengue.
Conforme levantamento da Sesa, os municípios em situação mais crítica são General Sampaio (5.536,9/100.000/hab), Catarina (4.987,9), Baturité (4.096,3), Reriutaba (3.912,3), Milagres (3.725, 4), Farias Brito (3.448,8), Jaguaribara (3.062,5), Acarape (3.015,0), Tejuçuoca (2.624,4), São Gonçalo do Amarante (2.623,9) e Uruoca (2.352,9).
Doenças
O estudo semanal da Pasta de saúde contabiliza 35.647 notificações dos casos de dengue no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). O número é correspondente a uma taxa de incidência no Estado de 397,7 casos por 100 mil habitantes, distribuídos em 96,7% (178/184) dos municípios. Do total, foram confirmados 22,8% (8.133/35.647) dos casos em 64,0% (114/178) das cidades.
Da dengue, em 2017, foram confirmados 60 casos com sinais de alarme (DCSA) ocorridos nos municípios de Alto Santo, Brejo Santo, Caucaia, Chorozinho, Crato, Fortaleza, Paracuru, Piquet Carneiro, Russas e Tabuleiro do Norte. Até o momento, seis pacientes com suspeita de dengue grave tiveram os diagnóstico confirmados. Destes, três morreram, sendo uma pessoa do sexo feminino e duas do sexo masculino, com idades entre 51 e 79 anos. As mortes ocorreram nos meses de janeiro, fevereiro e abril. As vítimas residiam nos municípios de Fortaleza, Maracanaú e Tabuleiro do Norte.
A chikungunya, no ano passado, já caracterizava-se um cenário epidêmico com 49.516 casos suspeitos, sendo que 63,6% (31.482/49.516) foram confirmados, distribuídos em 139 (75,5%) municípios. Neste ano, observa-se o crescimento de casos notificados. A taxa de incidência dos casos suspeitos de chikungunya no Ceará é de 530,9 casos por 100 mil habitantes. Até a 20ª semana do ano foram notificados 47.591 casos, destes, 34,0% (16.185/47.591) foram confirmados e 8,7% (4.155/47.591) descartados.
Dos casos confirmados, 66,9% (10.839/16.185) concentraram-se nas faixas etárias entre 20 e 59 anos e o sexo feminino foi predominante em todas as faixas etárias à exceção de até 14 anos. Ao todo, já foram confirmados neste ano oito óbitos por chikungunya, sendo dois do sexo masculino e seis do sexo feminino, residentes nos municípios de Fortaleza (5) , Beberibe (1), Caucaia (1) e Pacajus (01).
Foram notificados 1.330 casos suspeitos de zika, destes 9,9% (132/1.330) foram confirmados e 22,4% (299/1.330) foram descartados. Do total de casos notificados 34,1% (454/1.330) foram em gestantes e 2,8% (13/454) dos casos foram confirmados.
A Sesa informou, por meio de nota, que vem realizando uma série de ações contra o mosquito transmissor das doenças, o Aedes aegypti. A Pasta vem atuando com formação de brigadas em instituições públicas e privadas, enviando equipes e equipamentos de pulverização aos municípios, além de telas de nylon para os municípios.

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