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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Oferta de vacinação para influenza é ampliada

Fortaleza já registrou três óbitos por influenza em 2017. Diante do alerta que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) emitiu para os profissionais de saúde para a Síndrome Gripal em pacientes com fatores de risco, desde o início do mês, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) amplia a oferta de imunização durante os fins de semana. A partir do dia 29, além do Posto de Saúde Paulo Marcelo, o atendimento em regime de plantão passa acontecer também na unidade localizada em Messejana.

De acordo com a coordenadora de imunização da SMS, Vanessa Soldatelli, a abertura de mais um posto de saúde para vacinação faz parte da estratégia para atender uma demanda crescente, sobretudo, aos sábados e domingos. "A procura está muito grande nesses dias, principalmente, porque é quando a população tem mais tempo. A demanda está muito grande tanto para a vacina da gripe, quanto febre amarela e raiva. Todas estarão disponíveis em Messejana", explica. A escolha do local levou em conta a estrutura da unidade de saúde, equipe e localização". O posto de Messejana é sempre ponto para novas estratégias".
A Campanha de Vacinação contra a Influenza deste ano começou um pouco mais cedo em relação ao ano passado, tendo início no último dia 17, e se estende até o dia 26 de maio. De acordo com Vanessa Soldatelli, com um tempo maior de mobilização, espera-se atingir 90% da meta de 650 mil pessoas imunizadas. "Em 1999, a meta era vacinar 70%. Em 2012, foi para 80%, quando a resistência da população começou a diminuir, e, neste ano, subiu para 90%. Epidemiologicamente falando, a cada pessoa vacinada, conseguimos proteger 11. É o que chamamos vacinação em rebanho. O vírus já está circulando desde fevereiro. Já iniciou a campanha. Tem um prazo maior porque nossa meta aumentou", explica.
Os postos de Fortaleza já recebeu cerca de 30% do repasse total para a campanha. Até o dia 13, que é quando se comemora o Dia D, o restante chegará. Nesta data, cerca de 3 mil pessoas estarão trabalhando para garantir o atendimento em massa.
Historicamente, a vacina da gripe tem muita resistência da população. A coordenadora de imunização da SMS argumenta que o efeito vem diminuindo porque as reações adversas também se tornaram mais fracas. "Tínhamos muito mais rejeição. Mas de 1999 pra cá, muito mudou e temos mais tecnologia. Hoje ela protege para três contra os tipos mais graves de influenza que são: A­H1N1, A­H3M1 e B e causa menos efeito adverso". Soldatelli argumenta que é necessário imunizar os grupos prioritários, que são mais suscetíveis à agravamento da gripe.
O público-alvo da campanha envolve indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores da rede pública e privada, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. Participam ainda adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas, a população carcerária e os funcionários do Sistema Penitenciário.
Com 17 casos por influenza e três óbitos confirmados, a Capital registra um número relativamente baixo, conforme avalia a pasta municipal. "Temos uma população de 2, 5 milhões. Uma cidade que recebe muitos turistas. E uma doença que circula o ano inteiro. Sempre teremos casos de influenza. Portanto, é necessário a vacinação, que pode proteger de seis meses a um ano", reforça Vanessa.
Ameno
Ao contrário de 2016, conforme a Sociedade Brasileira de Imunização (SBI), quando o maior número de registros foi do H1N1, neste ano a maior circulação tem sido do tipo H3N2. A coordenadora também explica que, mesmo que uma pessoa vacinada pegue a doença, o efeito será mais ameno.
A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que, após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias, podem levar o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que a influenza acomete de 5% a 10% dos adultos e 20% a 30% das crianças, causando 3 a 5 milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes todos os anos, no mundo.

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