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segunda-feira, 10 de abril de 2017

BB terá R$ 250 mi para crédito imobiliário no Ceará; alta de 25%

O Banco do Brasil deve desembolsar em 2017 cerca de R$ 250 milhões para o financiamento imobiliário no Ceará, uma alta de aproximadamente 25% em relação a 2016, quando os contratos totalizaram R$ 200 milhões. De acordo com o superintendente estadual do banco, Castro Júnior, a medida é um reflexo da força do mercado imobiliário em Fortaleza e demonstra uma reação do setor no Estado.

"Estamos implementando mudanças de processo para favorecer um desempenho bem maior que no ano passado e maior também do que a média do Brasil", explica o superintendente estadual Castro Júnior. "Fortaleza é a quinta maior cidade do Brasil e tem um mercado imobiliário consolidado, com empresas bastante estruturadas. Tanto é que a crise no setor começou um pouquinho depois da média nacional. E a gente percebe que aqui o mercado está retomando mais rápido".
Para atingir essa meta, o superintendente do BB diz que foi criado na Capital o primeiro Espaço Imobiliário do País. O programa tem como objetivo atender melhor os clientes e dar agilidade às operações de crédito imobiliário para pessoa física, valendo tanto para o Minha Casa, Minha Vida, como para a linha Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e para carteira imobiliária.
Avanço
Segundo Castro Júnior, vários fatores internos deverão alavancar os financiamentos do BB no Estado. "Primeiro, foi a criação do Espaço Imobiliário. Nós estamos usando este espaço para objetivos específicos, como a capacitação dos nossos funcionários. Lá as pessoas vão à um ambiente exclusivo com produtos exclusivos justamente para favorecer o aprendizado e o foco na capacitação", informa.
A segunda medida diz respeito ao atendimento aos clientes, que, de acordo com o superintendente, também deve ser especializado para que eles possam resolver questões ligadas ao processo de financiamento de maneira mais rápida. "Isso também ajuda na visão do cliente".
Já o terceiro propósito do Espaço Imobiliário, de acordo com Castro Júnior, é ter uma equipe especializada nas questões do financiamento imobiliário. "Isso é para ajudar as agências e os clientes com soluções mais rápidas nas pendências e dúvidas. Um crédito imobiliário a pessoa não faz toda hora, muitos só fazem uma vez na vida. Não é uma operação comum, então é preciso uma equipe preparada".
Resultados favoráveis
Os efeitos das ações do Banco do Brasil já podem ser sentidos. De acordo com balanço, no último trimestre do ano passado, o BB contratou R$ 50,3 milhões. Já no primeiro trimestre de 2017, o valor foi de R$ 59,6 milhões, um crescimento de 18,52%. "O Banco do Brasil opera com crédito imobiliário desde setembro de 2007. Ainda não completou dez anos, mas hoje o banco já é a segunda carteira de crédito", destaca o superintendente.
O resultado é ainda mais positivo quando se compara a quantidade de imóveis financiados no mesmo período. Entre outubro e dezembro de 2016 o Banco financiou 377 imóveis. Já no primeiro trimestre deste ano, foram 489 unidades. "Na quantidade de operações nós já crescemos 30%. Não houve mudança nenhuma de cenário, apenas essa mudança de processo", diz Castro Júnior se referindo ao Espaço Imobiliário.
Ainda segundo balanço do Banco do Brasil, considerando o 1º trimestre de 2017, o valor contratado no Ceará somente por clientes pessoa física equivale a 5,3% do valor contratado em âmbito nacional em mesmo período. Esse percentual de participação do Estado foi, inclusive, superior ao verificado em períodos anteriores, que ficavam em torno de 2%. "A gente quer continuar crescendo numa velocidade bem acima do mercado".
Juros
Em março, o BB reduziu as taxas de juros do crédito imobiliário, passando a operar com taxas a partir de 9%, que ainda podem cair. "Se a economia continuar caminhando para um processo de estabilização de inflação, hoje a gente tá prevendo uma taxa de 4,5% até o fim do ano, a Selic deve voltar para uma taxa abaixo de duas casas decimais. É uma redução extremamente significativa e, com isso, essas taxas podem baixar ainda mais".
Segundo o superintendente, o BB oferece benefícios de acordo com o relacionamento do cliente com o banco. "Se ele já é correntista, se recebe os proventos pelo banco, ele tem taxas favorecidas para fazer as operações. Isso além dos benefícios ligados ao próprio produto, que é característico do sistema financeiro", explica.
Participação
Castro Júnior apontou ainda que os negócios de Fortaleza e Região Metropolitana representam em torno de 70% do mercado do BB no Estado, em reflexo à quantidade de pessoas e ao Produto Interno Bruto (PIB) estadual. "Mas o mercado imobiliário da região do Cariri, por exemplo, é muito forte e há períodos em que desembolsamos mais operações de crédito imobiliário lá do que aqui (em Fortaleza), em termos proporcionais", ressalta o superintendente.
Sobral, segundo o superintendente, também já é um polo significativo do mercado imobiliário no Ceará. "Não tanto em prédios, mas em residências", pontua. Castro Júnior comenta que o empresariado cearense tem feito projetos ousados no interior. "Muitos já procuraram o banco para os lançamentos de 2017, eles se concentraram muito para vender estoque em 2016. Mas este ano eles já estão se lançando ao mercado para novas obras", destaca o superintendente.

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