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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Cai venda do varejo no CE; móveis e veículos reagem

Em novembro, o volume de vendas do varejo ampliado (que inclui os setores de veículos e materiais de construção) no Ceará recuou 4,1% em comparação a igual mês do ano anterior. No acumulado do ano até novembro, a queda soma 10,6%. No entanto, os setores de móveis, veículos e material de construção apresentaram resultados positivos para o mesmo período, com o crescimento de 1,5%, 0,4% e 0,5% do volume das vendas, respectivamente.

Os dados, da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo do volume de vendas no Estado foi um pouco menor que a média do País, que, no mesmo índice, registrou queda de 4,5% em novembro em relação ao mesmo mês de 2015. Nos primeiros 11 meses de 2016, o varejo brasileiro acumulou queda de 8,8% no volume de vendas.
No Ceará, as maiores retrações de volume de vendas do mês em comparação a novembro do ano anterior foram percebidas pelos segmentos de eletrodomésticos (-30,4%); livros e papelaria (-14,3%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%); combustíveis e lubrificantes (-6,8%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-6,1%). Apenas móveis, veículos e material de construção tiveram resultados positivos
Expectativa
Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Severino Ramalho Neto, os números apresentam um retrato do que foi todo o ano de 2016. O empresário ainda considera novembro um mês melhor que outubro, o qual configurava quatro quedas crescentes consecutivas. "Isso é sinal de que começa a recuperar? Não, ainda não", pondera o presidente da CDL Fortaleza, observando que, apesar da expectativa de que dezembro represente menos recuo, o ano deve fechar no negativo.
A Black Friday deve ser crucial para esse movimento esperado por Severino Ramalho Neto. Já para este ano, ele aponta a mudança na política de juros como um possível estímulo ao comércio varejista. "O mês de janeiro teve um pequeno começo positivo, pelo menos de movimentação. Porém, o bolso do cliente ainda é curto, pois o desemprego ainda é atualmente", analisa.
Receita e volume
Apesar do resultado negativo, a receita nominal de vendas no varejo ampliado do Estado apresentou crescimento de 3,4% em novembro ante o mesmo mês do ano anterior, o dobro do registrado na média nacional, de 1,7% para o mês. Já no acumulado do ano e de 12 meses, até novembro, a receita dos varejistas caiu 1,1% e 1,4%, respectivamente, enquanto no País o recuo foi de 0,6% e 0,8%.
Em relação ao volume de vendas no varejo restrito (sem contar com veículos e material de construção), a queda no Estado foi ainda maior. O Ceará apresentou um recuo de 6% em novembro ante outubro, na série livre de influências sazonais, e de 6,9% no acumulado do ano e de 12 meses. Mesmo assim, a receita nominal de vendas registrou alta de 4% se comparado com o mês anterior. No acumulado do ano, o índice subiu 5,1%, e em 12 meses, 5%.
No País, o índice registrou alta de 2,0% no volume vendido pelo varejo em novembro ante outubro, o desempenho mais positivo desde julho de 2013. Quando considerados apenas os meses de novembro, foi o melhor desempenho do varejo desde o ano de 2007, quando o volume vendido cresceu 2,3%. O resultado quase compensa a queda de 2,3% acumulada entre os meses de julho e outubro.
Na passagem de outubro para novembro, cinco das oito atividades que compõem o varejo tiveram avanço nas vendas. O principal destaque foi a alta de 0,9% em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Conforme o IBGE, os desempenhos destes segmentos em novembro indicam antecipações de compras para o Natal.
Outras contribuições relevantes para o avanço de 2% no varejo brasileiro foram dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (alta de 7,2%), móveis e eletrodomésticos (2,1%) e o setor de equipamentos de escritório, informática e comunicação (4,3%). Houve alta também em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,6%).
Ajuste
Na série com ajuste sazonal, em que se considera a inflação do período, o volume de vendas do varejo no Estado apresentou um recuo de 0,4% em comparação ao mês de outubro que, por sua vez, tinha registrado uma variação positiva de 0,8% em relação ao mês anterior. Na mesma base de comparação, as vendas no País apresentaram crescimento de 2% em novembro.

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