São Paulo. Os resultados da CVC, maior grupo de turismo do Brasil, mostram que as vendas da empresa em lojas físicas cresceram em 2016, enquanto as da internet caíram. O motivo, segundo análise da empresa, é o aperto no crédito provocado pela crise e a necessidade que ele trouxe de buscar formas de pagamento alternativas.
Enquanto na internet os pagamentos são feitos principalmente a partir de cartão de crédito, a loja permite a busca por diferentes métodos e combinações, diz Luiz Fernando Fogaça, vice-presidente administrativo, financeiro e de relações com investidores da CVC. "A flexibilidade no mundo off-line é muito maior".
Cheque e boleto
Segundo ele, mais de 30% das compras em agências são pagas em cheque e boleto. Além disso, 20% delas envolvem pagamento em dinheiro. O consumidor também está fazendo sacrifícios para economizar nos pacotes. Muitos trocaram viagens de avião pelas de ônibus, diminuíram o tempo de duração dos passeios, trocaram um hotel mais estrelado por um mais simples, mas não deixaram de viajar, segundo Fogaça.
As vendas da operadora de viagens totalizaram R$ 1,5 bilhão no quarto trimestre do ano passado, registrando crescimento de 13,4% em relação ao mesmo período de 2015.
Na internet, porém, houve queda de 3,5% na mesma base de comparação e recuo de 5,4% no acumulado do ano.
Destinos
No final de 2016, os consumidores também voltaram a comprar mais viagens internacionais, depois de um primeiro semestre de queda. A procura foi gerada por um período de dólar mais estável. Como resultado, as vendas de viagens internacionais cresceram 53,2% no último trimestre.
Fogaça diz que a crise não alterou significativamente os destinos escolhidos - 65% dos consumidores fazem viagens nacionais, 70% deles para praias, sendo as mais buscadas as do Nordeste. No exterior, Punta Cana vem se firmando como um dos principais destinos.
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