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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Tradição natalina mantém o uso de lapinhas em casa

Árvores de Natal, pastoris e, principalmente, as lapinhas. Essas manifestações culturais têm sobrevivido ao tempo, mantendo não apenas seus vínculos com o catolicismo como renovando os sentidos que a data proporciona, que é celebração do nascimento do Jesus Cristo. Em Fortaleza, uma dessas tradições revela quanto ainda é forte o sentido da festa, pelas imagens firmadas na humildade e na esperança da vinda do Salvador do Mundo. Trata-se das lapinhas, que ainda são montadas cuidadosamente pelas famílias, paróquias ou empresas firmando a identificação com o cristianismo.

Nas famílias mais tradicionais é que esse gesto tem sobrevivido com mais intensidade. O zelo na arrumação das imagens dos reis magos, a Estrela de Belém, os pastores, os animais e a manjedoura perpetua-se em muitas residências, mesmo que os precursores da casa não mais existam. Esse é o caso da família de Raimundo Delfino da Silva, residente no Vila União. A lapinha da casa foi iniciada pela esposa Nenzinha Rocha, falecida em 2010. Hoje, é o empresário aposentado e mais os empregados que dão continuidade à instalação do presépio, que a cada dia vai ganhando mais enfeites e mais significação para a reverência do Menino Jesus. O último gesto será colocar o menino Jesus na manjedoura, mas apenas à meia-noite do próximo dia 24.
Vizinhos
A cunhada de Dona Nenzinha, Maria Aldenora da Silva, conta que essa tradição transforma-se num espetáculo na Rua Raul Cabral, esquina com a Rua Antônio Correia, atraindo não apenas moradores do bairro quanto de áreas vizinhas. As pessoas, conforme conta, ficavam magnetizadas pela grandiosidade artística.
Não obstante não existirem agora os mesmos mimos do passado, a lapinha foi armada e as orações são mantidas tanto no presépio quanto na capela, onde também aconteciam os pastoris em homenagem ao Deus Menino.
FIQUE POR DENTRO
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A lapinha é um presépio que se arma na época natalícia. É tradicional no folclore brasileiro, principalmente no Nordeste, e no arquipélago da Madeira, em Portugal. Já no Brasil, caracteriza-se pelo conteúdo de adoração ao Menino Deus. Lapinhas modernas, requintadas com cidades cenográficas e em movimento também passaram a fazer parte dos ambientes domésticos.

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