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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Petrobras eleva preço da gasolina em 8,1%

Fortaleza/São Paulo. Depois de dois cortes de preços sem reflexo significativo algum nos postos cearenses, a Petrobras resolveu, na tarde de ontem (5), anunciar aumento do preço do diesel nas refinarias em 9,5%, em média, e da gasolina em 8,1%, com vigência a partir de hoje (6). Na última semana, como adiantou com exclusividade o Diário do Nordeste, o preço do litro da gasolina já chegava a R$ 3,89 em Fortaleza, acima do valor pesquisado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).

Segundo a estatal, seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) se reuniu hoje e, de acordo com a política de preços anunciada pela Petrobras em outubro, decidiu pelo reajuste.
"As principais variáveis que explicam a decisão do Grupo Executivo são o aumento observado nos preços do petróleo e derivados e desvalorização da taxa de câmbio no período recente. Por outro lado, a participação da Petrobras no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação", informa a companhia.
Reflexo nas bombas
Se o ajuste feito hoje for integralmente repassado pelos outros integrantes da cadeia do petróleo, sem alteração das demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode subir 5,5% ou cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina 3,4%, ou R$ 0,12 por litro. Sobre o impacto dos anúncios da estatal sobre o comércio dos combustíveis, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos), afirma que "após o anúncio da Petrobras (refinaria) sobre a redução no preço dos combustíveis, a revenda concedeu descontos muito superiores ao que fora repassado pelas distribuidoras".
Em nota enviada quando a reportagem percorreu postos nas avenidas Alberto Craveiro, Barão de Studart e Pontes Vieira, o Sindipostos afirmou ainda que "a cadeia de produção de combustíveis no Brasil é livre para administrar seus preços e receitas operacionais, desde a refinaria até os postos".
Revisão de preços
A estatal, em comunicado, ainda disse reafirmar a sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe permite a "flexibilidade necessária para lidar com variáveis cuja volatilidade vem aumentando recentemente".
A empresa ressalta ainda que, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas por ela nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor.
"Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis", acrescenta.
A estatal modificou a política de definição de preços desde outubro deste ano, quando o chamado Grupo Executivo de Mercado de Preços (Gemp) passou a definir as alterações ou não nas tabelas a cada 30 dias - período de tempo no qual acontece as reuniões do comitê.
Foi a partir destes encontros do Gemp que a Petrobras anunciou a mudança nos valores e baixou os preços dos litros da gasolina e do diesel nas refinarias em 14 de outubro e 8 de novembro de 2016.

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