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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Floricultores do Estado miram mercado externo

O mercado externo é a alternativa dos produtores de flores cearenses para amenizar os efeitos que a crise econômica tem levado para o setor. De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais, Thomas Reeves, Estados Unidos, Canadá e, principalmente, Europa surgem como os destinos cuja penetrabilidade pode significar uma substancial expansão para produtores locais.

"É uma coisa possível. Requer um know how, mas é possível. Temos muita facilidade para enviar aos Estados Unidos, e vejo como um dos principais polos para a gente chegar. Mas a Europa é o maior consumidor de plantas do mundo", contou o empresário durante a Agroflores, feira que começou ontem e vai até a noite de hoje, no Centro de Negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
No Brasil, Reeves conta que os trabalhos da Câmara Setorial visam a chegada em Holambra, em São Paulo, onde existe uma espécie de hub do setor de flores. "Levando os produtos para Holambra, nós conseguimos distribuir para todo o Brasil, pois a maioria dos clientes está lá", informa o empresário proprietário da Naturayo, cuja produção já chega aos Estados Unidos, Canadá e também Europa.
Para aumentar essa penetrabilidade, ele conta que a estratégia utilizada pelos cearenses é investir em plantas cujo cultivo seja adequado ao clima local e não use estufas. "É uma questão de cultura. A cultura para este tipo de produto está aumentando, mas é preciso apreciar o que é local e não só o que vem de outros estados", afirma.
Logística é gargalo
Com a equalização do uso da água devido ao emprego de técnicas mais eficientes e o cultivo de plantas cuja necessidade de irrigação é o menor possível, Reeves aponta para a logística como o principal gargalo dos floricultores no Ceará. Atualmente, a chegada ao exterior é otimizada via mar e também por aviões, mas a interna ainda depende da captação de parceiros em Holambra, uma vez que os contatos comerciais encontram-se concentrados naquela cidade. Os números de produção, devido à informalidade no setor, ainda não são conhecidos e a Câmara elabora um estudo para levantá-los.
Seca
Ao mesmo tempo da Agroflores, a Frutal é realizada no Centro de Negócios do Sebrae e tem foco no uso consciente da água como prática comum, seja na seca ou no farto abastecimento hídrico. Isso porque, segundo o coordenador técnico da Frutal, Erildo Pontes, 2017 ainda é uma incógnita no que diz respeito à chuva. Segundo afirma, "só teremos uma precisão maior do que será o inverno em 2017 mais próximo a janeiro". A Frutal também segue até a noite de hoje.

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